Aline Rocha visita Joaçaba e fala sobre as Paralimpíadas

Aline Rocha visita Joaçaba e fala sobre as Paralimpíadas

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Quarto na casa de Joaçaba reúne parte das conquistas e lembranças das competições. (foto: Portal Éder Luiz)
Quarto na casa de Joaçaba reúne parte das conquistas e lembranças das competições. (foto: Portal Éder Luiz)

O que é preciso para a realização de um sonho? Para a paratleta Aline Rocha, entre muitas coisas, foi necessário força de vontade, abdicar de momentos junto à família ou de lazer  e principalmente, arriscar. Arriscar ir morar em São Paulo e tempo depois, ir competir em países como Estados Unidos, Japão, Austrália, Londres e Suíça sem saber o idioma e com o mínimo de recursos no bolso.  Foi se esforçar mais e mais a cada treino e competição. E foi para relembrar essa trajetória e principalmente as emoções vividas no Rio, que Aline e seu treinador Fernando Orso, mesmo depois de um dia intenso de visitas em escolas e compromissos pessoais, receberam a equipe do Portal Éder Luiz para uma entrevista.

Aline começou contando como ficou encantada com a grandiosidade do evento e da estrutura que acolheu os paratletas. “Na Vila paralímpica não eram permitidas visitas e apesar de haver momentos de lazer o foco era nas provas. Tivemos um período de adaptação quanto ao clima, alimentação, horários e no meu caso até o treinamento foi diferente,  já que não era o Fernando que estava lá e sim os treinadores da Seleção”. Contou Aline. No primeiro dia de prova, a emoção tomou conta. “Vendo de fora já percebi que era emocionante. Mas estar lá dentro, na prova, ver as pessoas vibrando, é indescritível e deu um frio na barriga. Foi um ano muito difícil, para ser convocada, eu tinha que estar entre as seis melhores  no ranking mundial. Consegui ficar em quarto, mas isso, somente na última prova que disputei nos Estados Unidos. Era a última chance, então chegou a dar um desespero pensando que não conseguiria. Mas treinei muito e fiquei feliz por chegar lá”. Comentou. Nas Paralimpiadas, Aline não ganhou medalha, mas, mostrou a evolução que teve no esporte. Enquanto a maioria das paratletas participantes tinha treinamento e experiência de sobra, ela, em menos de dois anos, enfrentou mudanças de rotina ao ir morar e treinar em São Paulo, melhorou suas marcas, competiu em provas fora do país e chegou  às paralímpiadas. “Quando mudamos para São Caetano fomos na coragem. Levamos uma mochila e o mínimo de coisas para morar lá. Nossas viagens para outros países também foram verdadeiras aventuras. Sem saber o idioma, nem como nos virarmos, passamos cada uma! Era de chegar nos locais e pensar: o que estamos fazendo aqui? (risos). Mas tivemos muitas experiências boas e cada esforço ou sofrimento valeu a pena”.  Relembrou. Aline competiu nas provas de 1500m (na qual chegou à final), na prova de 5000m metros (não conseguiu chegar a final) e ainda na maratona, disputa em que foi a brasileira mais bem colocada chegando em 10º lugar. “A Aline foi muito bem e sua participação serviu para identificar as falhas, como o equipamento, que pode ser melhorado, e a necessidade de trabalhar a variação de velocidade coisa em que ela ainda é prejudicada por ainda não ser  tão forte  em termos físicos. Mas temos quatro anos pela frente e se conseguirmos evoluir, queremos chegar em Tóquio para realmente brigar por medalha”. Explicou Fernando. E é por querer ir ainda mais além que mesmo de férias não haverá moleza. Os treinos recomeçam na semana que vem e antes de voltar à são Paulo Aline pretende participar da Corrida rústica da BRF em Campos Novos. Na sequência, virá a meia Maratona do Rio de Janeiro, no final de outubro a maratona de Oita no Japão, depois Circuito Caixa, Volta da Pampulha, em São Paulo e a busca pelo pentacampeonato na Corrida de São Silvestre. Mas enquanto ainda está por aqui, Aline quer principalmente, aproveitar a companhia da família, dos amigos  e todo o carinho recebido. “Desde a competição tenho recebido muitos recados e tirado muitas fotos. Me surpreendi, porque apesar de não estar mais morando aqui, o pessoal lembra e está sendo muito gentil”. Agradeceu Aline. Para Finalizar, Aline mostrou o quarto onde estão guardadas parte das suas conquistas. As paredes estão forradas com quadros e medalhas e olha que são só dos primeiros dois anos de competições. “Entrar aqui é ver toda a trajetória passando como um filme pela cabeça. Como o espaço aqui encheu, levamos o restante para Campos Novos. Depois será a vez da casa em São Caetano. E Tomara que no futuro, no meio disso tudo tenha uma medalha vinda de Tóquio”.  Almejou Aline. Fonte: Portal Éder Luiz

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