BRF diz que segue normas de qualidade e que vai colaborar com investigações

BRF diz que segue normas de qualidade e que vai colaborar com investigações

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BRF diz que segue normas de qualidade e que vai colaborar com investigações

A BRF divulgou uma nota nesta segunda-feira (5) informando que pretende colaborar com as investigações da Operação Carne Fraca “para esclarecimento dos fatos”. A empresa é alvo da nova fase da operação, que prendeu nesta manhã o ex-diretor-presidente Pedro Andrade Faria.

O comunicado diz ainda que a empresa “está se inteirando dos detalhes da referida operação”, mas que está “inteiramente à disposição das autoridades”. “A Companhia segue as normas e regulamentos brasileiros e internacionais referentes à produção e comercialização de seus produtos, e há mais de 80 anos a BRF demonstra seus compromissos com a qualidade e segurança alimentar, os quais estão presentes em todas as suas operações no Brasil e no mundo”, diz o texto. Os investidores reagiram negativamente à operação, e as ações da BRF chegaram a cair perto de 19% nesta terça, liderando as perdas do principal índice da bolsa brasileira. Empresa em crise Após perder mais de R$ 360 milhões em razão da deflagração da Operação Carne Fraca no ano passado, a empresa fechou 2017 com prejuízo de mais de R$ 1 bilhão. O balanço foi divulgado no final de fevereiro, quando, em nota, o diretor presidente global da empresa, José A. Drummond Jr., classificou o episódio da operação como "um dos momentos mais desafiadores da indústria de alimentos". No ano passado, em virtude das investigações, houve gastos e despesas extras com mídia e advogados, além de frete, armazenagem eperdas com devoluções de produtos. Além disso, vários países chegaram a suspender a importação de carne brasileira. Segundo a empresa, alguns produtos que não puderam ser exportados por causa disso "estão sendo utilizados como matéria-prima na produção". Em 2016, a empresa já havia fechado no vermelho, com prejuízo de R$ 460 milhões. Em meio ao desempenho ruim pelo segundo ano consecutivo, a BRF enfrenta agora um impasse entre acionistas e membros do conselho da empresa. Logo após a divulgação do resultado de 2017, sua maior acionista, a Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, pediu ao Conselho de Administração uma Assembleia Geral Extraordinária para decidir sobre a saída de todos os seus membros. A Previ, fundo dos funcionários do Banco do Brasil, também acionista, endossou o pedido. Ao saber do pedido, Abilio Diniz, presidente do conselho, convocou uma reunião do colegiado da empresa, mas criticou a postura dos fundos de pensão. Fonte: G1

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