Coluna Brinda Brasil - Coq au vin: prato preferido de Renato Russo

Por Rodrigo Leitão Na última quinta-feira, 27 de março, Renato Russo estaria completando 57 anos.

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Coluna Brinda Brasil - Coq au vin: prato preferido de Renato Russo

Por Rodrigo Leitão

Na última quinta-feira, 27 de março, Renato Russo estaria completando 57 anos. Eu o conheci na Faculdade de Comunicação, no Ceub (hoje UniCeub!), em 1983. Fazíamos jornalismo, mas ele estava três semestres na minha frente. Embora nos encontrássemos sempre nas festas e nos shows das bandas (ele na Legião Urbana e eu no Finis Africae), eu nunca soube o que o Renato gostava de comer. Bebíamos conhaque! Depois que ele faleceu, numa conversa informal com a mãe dele, Dona Carminha, descobri que o prato predileto do Júnior (era assim que ela o chamava) era o Coq au Vin (frango ao vinho). Ele pedia sempre nos restaurantes e ela também fazia em casa sempre que ele retornava a Brasília. Eu nunca fiz um Coq au Vin, mas acho que não é difícil, porque o prato consiste em você cozinhar o frango com os temperos e banhá-lo em vinho, fazer uma marinada mesmo, por umas 12 horas. Depois quando for levar normalmente à panela, você vai cozinhar até alcançar uma redução satisfatória do molho. Portanto, não é difícil, é demorado! É um prato pra se preparar no sábado e servir no domingo. Coq au Vin é um prato típico da culinária francesa e o original é feito à base de carne de galo (ou frango com opcional). O tipo de vinho varia de região para região e pode ser tinto, branco e até mesmo champagne. Sobre as variações com vinho branco e champagne, a receita é a mesma. Você vai mudar o vinho da feitura e, conseqüentemente, do acompanhamento. Se for com vinho branco da uva Chardonnay, você vai acompanhar com um Chardonnay da Borgonha ou um Chablis ou Chardonnay brasileiro que também é muito bom. Se for com champagne, aí não perca tempo. Use espumante brut brasileiro que vai ficar ótimo pra fazer o prato e acompanhar. O Coq-au-Vin é uma receita emblemática da região da Borgonha, onde é feito com vinho tinto. Então a melhor harmonização para esse prato é um legítimo vinho francês da Borgonha, que é feito com a uva Pinot Noir. Todo Borgonha tinto é Pinot Noir! O mais correto é você usar na preparação do prato, no caso do frango ao vinho, o mesmo vinho que você vai beber. Mas os bons vinhos da Borgonha são caríssimos, os médios são caros e os populares, que também são bons, custam um pouco menos. Um bom exemplo de Pinot Noir barato é o Reserva Pinot Noir da Miolo (antigo Fortaleza do Seival), que custa uns R$ 45. Também existem Pinots chilenos na faixa de R$ 35. Agora, se você quiser pode usar vinho tinto de outra uva, desde que seja um vinho razoável (e pode ser um Merlot brasileiro!). Mas pra acompanhar o prato, a melhor pedida é mesmo um vinho de Pinot Noir. Aí você encontra ótimas opções da Nova Zelândia, do Chile e da África do Sul também, mas são mais caros. E uma regrinha básica que deve ser seguida à risca é: jamais use um vinho ruim para cozinhar. Essa história de que o álcool evapora e fica a uva é conversa fiada.

Rodrigo Leitão, Especialista em Enogastronomia.

O colunista dedica-se há três décadas ao jornalismo e já passou por redações como O Globo, Jornal de Brasília, TB Brasília, TV Band e Rádio Band News FM, em Brasília, onde atua no segmento de comunicação e eventos. Rodrigo Leitão organiza anualmente o Brinda Brasil – salão do espumante de Brasília, o maior encontro nacional exclusivamente com produtores de espumantes. Ele já atuou nas áreas de economia, política, internacional, cultura e saúde, onde conquistou vários prêmios.

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