Esposa do assessor de imprensa da Chapecoense posta carta emocionante ao marido falecido

Esposa do assessor de imprensa da Chapecoense posta carta emocionante ao marido falecido

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Cleberson, de branco ao centro, e o técnico Caio Junior, com a equipe da ESPN, antes do embarque para a Colômbia.
Cleberson, de branco ao centro, e o técnico Caio Junior, com a equipe da ESPN, antes do embarque para a Colômbia.

A esposa do jornalista Cleberson Silva, Sirli Freitas, escreveu uma carta de despedida ao marido, que morreu na tragédia envolvendo o avião que levava a Chapecoense a Colômbia.

Cleberson, que atuou em emissoras de televisão como RBS TV Chapecó, Record Xanxerê e Band, antes de se tornar assessor de imprensa da Chapecoense, era também vice-presidente da Confederação Catarinense de Tênis de Mesa. Amigo, desportista, pai, marido dedicado, apaixonado pela Chape, algumas das palavras que descrevem Cleberson, que assim como as demais vítimas nos deixa muito cedo. Leia a carta da esposa Sirli, com quem era casado há 14 anos e tinha dois filhos, um menino e uma menina. Cleberson! Justo você que sempre trabalhou e batalhou para divulgar a nossa chape. Hahhhh se você soubesse... O mundo inteiro está falando dela. Sim O MUNDO. O mundo inteiro está chorando e rezando por ela. O mundo inteiro está lutando por ela. Justo você que se emocionava com pequenas matérias, com textos bem escritos. Que gostava de analisar todos os canais pra ver quem fez a melhor cobertura. Você não faz ideia. Os jornalistas choram, as imagens arrepiam. E eu quero assistir tudo para poder contar pra ti. Justo você que sabia tudo sobre futebol, que assistia e lia e ouvia e assistia de novo e de novo. E mesmo depois não ia dormir até saber o que os teus comentaristas preferidos estavam falando. Hoje são eles que não conseguem parar de falar, de mostrar, e comentar e repetir. Justo você que não gostava de tietagem, porque dizia que profissionais não faziam isso. Mas não se conteve e fez uma última foto com colegas jornalistas na ESPN enquanto ainda estava em São Paulo. Justo você que sentia a falta do seu pai e dizia que seus filho teriam um pai presente. Justo você que dizia que avião não caia. Que Coca-cola não matava. E que viveria mais de 100 anos. Justo você que dizia que não queria viver sem deixar um legado, que não queria passar por esta vida sem ser lembrado. Será. Ficou histórico. Virou HERÓI.

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