Estudantes da Unoesc e profissionais da Saúde debatem sobre panorama atual do HIV/Aids

O curso de Enfermagem da Unoesc Joaçaba promoveu na sexta-feira, 9 de junho, o 2º Seminário de Integração, Ensino, Saúde e Sociedade.

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Estudantes da Unoesc e profissionais da Saúde debatem sobre panorama atual do HIV/Aids

O curso de Enfermagem da Unoesc Joaçaba promoveu na sexta-feira, 9 de junho, o 2º Seminário de Integração, Ensino, Saúde e Sociedade. Segundo a coordenadora do curso, professora Fabiana Meneghetti Dallacosta, a ideia do evento é sempre trazer um tema que seja atual e relevante, tanto para a área acadêmica – estudantes e professores – quanto para os profissionais da Saúde.

— No ano passado foi abordado a sífilis e nesse ano discutiu-se o panorama do HIV/Aids. O objetivo é debater a epidemiologia, tratamento e estigmas da doença, além de trazer dados atuais e fazer o público refletir — comentou Fabiana Meneghetti Dallacosta. Para falar sobre o assunto, o curso recebeu o professor da Unoesc São Miguel do Oeste, Samuel Spiegelberg Zuge. Ele é pesquisador na área e cursa doutorado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Samuel informou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem a perspectiva de erradicar a epidemia, por meio do tratamento medicamentoso, até 2030. — A principal barreira para diminuir o número de casos HIV/Aids tem sido o tratamento medicamentoso. Até 2020, a perspectiva é que 90% dos pacientes com HIV recebam o diagnóstico e comecem o tratamento para diminuir os níveis de carga viral e o processo de infecção — explicou Zuge. No Brasil, o Ministério da Saúde já tem adotado essa prática do tratamento medicamentoso como foco de prevenção. Desde 1996, a política do Sistema Único de Saúde (SUS) é distribuir medicamentos gratuitamente. Para o pesquisador, além do tratamento medicamentoso, é preciso mudar a forma como tem sido feita a prevenção dentro das escolas e de outros cenários com adolescentes e jovens adultos. — Desde de 1990, o preservativo é a principal forma de prevenção, mas não está adiantando. Mesmo com as palestras sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis nas escolas, o principal aumento do HIV foi entre adolescentes e jovens adultos. Outra faixa etária em que o número de casos cresceu foi a dos idosos. Por isso, como trabalhar com a educação e a saúde com esses públicos? Cada um tem uma caraterística específica e a prevenção precisa ser mais direcionada — analisou. O professor observou também que a prevenção por meio do tratamento medicamentoso pode encontrar algumas dificuldades em países onde a pobreza e a fome são evidentes. Por exemplo, em alguns lugares onde o aleitamento materno é única forma de garantir a vida da criança, a mãe não deixará de alimentar o filho e, por isso, poderá transmitir o vírus. HIV/Aids O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é o processo infeccioso (o organismo precisa estar exposto ao vírus), o qual destruirá os linfócitos (células de defesa do organismo) tornando a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é um conjunto de sinais e sintomas que se manifesta após a infeção do organismo humano pelo HIV. Integram o perfil epidemiológico, homossexuais (90%), hemofílicos, usuários de heroína injetável e profissionais do sexo. A doença foi identificada nos EUA em 1981 e no ano seguinte foi detectada no Brasil. Fonte: Dhébora Santiago/Ascom Unoesc

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