Outro projeto, contemplado pelo Fundo de Apoio à Pesquisa (Fape) da Unoesc, refere-se à “Detecção precoce de doença renal crônica em população de risco”. O estudo, finalizado em julho de 2016, mostrou que de um total de 1486 pessoas com hipertensão ou diabetes, 473 apresentaram indícios de falência renal. Isso significa que 31,83% dessas pessoas, que realizaram exames para análise renal, por meio das Secretarias de Saúde, receberam as orientações e os encaminhamentos necessários.

Conforme a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a doença ou insuficiência renal crônica é a perda lenta e gradual da capacidade dos rins filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue. Uma das autoras da pesquisa, professora Fabiana Meneghetti Dallacosta, explica que a doença renal tem elevada prevalência na população adulta, especialmente em hipertensos e diabéticos. Além disso, um dos grandes problemas é a dificuldade de fazer a detecção precoce, pois trata-se de uma doença com poucos sintomas.

— Neste estudo encontramos um número expressivo de pessoas com indícios de doença renal, que não haviam sido encaminhadas para adequado acompanhamento nefrológico. Essas pessoas receberam os resultados dos seus exames e, através das Secretarias de Saúde de cada município, tiveram o acompanhamento ou encaminhamento necessário — relatou.

A nefrologia é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas ao rim. Portanto, para conscientizar a população, o projeto de pesquisa realizou palestras sobre promoção da saúde e prevenção da doença renal, para aproximadamente 2 mil pessoas, em 10 municípios diferentes do Meio-Oeste de SC.

— O objetivo da pesquisa foi alcançado, conseguimos detectar precocemente a doença renal e orientar hipertensos e diabéticos sobre prevenção e promoção da saúde — avaliou a pesquisadora Fabiana.

Integrantes da pesquisa

Além da coordenadora do curso de Enfermagem da Unoesc Joaçaba, Fabiana Meneghetti Dallacosta, fez parte do projeto o professor Hotone Dallacosta. Em 2015, a bolsista Ana Paula Conte, que se formou no final do mesmo ano, participou ativamente das palestras e da coleta de dados. A partir de 2016, a acadêmica Lilian Mitrus, que substituiu a bolsista anterior, contribuiu com a análise dos dados e a redação do artigo final. Ela também pôde participar das palestras sobre o tema.