A família da jovem Isabela Padilha Gonçalves, de 18 anos, que morreu em um acidente de trânsito no bairro São Braz, em Joaçaba, no dia 10 de dezembro do ano passado, está contestando a denúncia feita pelo Ministério Público (MP), que considerou que o motorista não deve ir a júri popular por ter sido denunciado na forma de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

O advogado Marco Antônio Vasconcelos Alencar Junior, contratado pela família da vítima, considera que existem elementos que comprovam o homicídio doloso, quando há a intenção de matar, e por isso o objetivo é que o motorista seja levado a julgamento. "Enviamos uma petição ao juiz informando que nossa cliente não concorda com a conclusão do MP. Segundo o que se aponta nos laudos, o condutor estava embriagado, dirigindo o veículo de forma muito rápida, perdeu o controle do veículo, e acabou causando a morte de uma pessoa que na hora dos fatos estava sentada na janela do carona". Declarou o advogado. Segundo ele, a tese se confirma pelos laudos que foram apresentados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) sobre o acidente. Para o advogado, seria impossível a vítima ter sido projetada para fora do veículo pelo fato do banco do carona estar inclinado para trás e por que a porta do mesmo lado não chegou a se abrir. "Ressalta-se ainda que o condutor não possuía habilitação, o que demonstra, sem qualquer dúvida, o dolo eventual no resultado da morte". Complementa. A petição será analisado pelo juiz responsável pelo caso. O acidente De acordo com as informações da polícia, o carro, um Kadett com placas de São José dos Pinhais/PR, conduzido por um jovem de 19 anos, bateu no barranco e capotou. Estavam no veículo o motorista e mais duas jovens, sendo que Isabela foi projetada para fora do carro. A jovem foi socorrida encaminhada ao Hospital Universitário Santa Terezinha, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Os outros dois ocupantes tiveram ferimentos de menor gravidade. O motorista do carro foi preso após fazer o teste do bafômetro, que confirmou que ele dirigia bêbado e levado para a delegacia de Joaçaba. O jovem também não possuí Carteira Nacional de Habilitação. Ele passou por exame de corpo de delito e teve uma fiança arbitrada. Isabela Padilha Gonçalves era moradora do bairro Jardim Cidade Alta, em Joaçaba, e mãe de uma filha pequena.