Gêmeo ganha bota de papelão dos pais para ficar 'igual' ao irmão que tem dificuldades para andar em MT

Lucas e Henrique, de dois anos e sete meses, são gêmeos e moram em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá.

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Os gêmeos Lucas e Henrique com os pais, Vivian Lessa e Kleber Dias (Foto: Arquivo Pessoal)
Os gêmeos Lucas e Henrique com os pais, Vivian Lessa e Kleber Dias (Foto: Arquivo Pessoal)

Lucas e Henrique, de dois anos e sete meses, são gêmeos e moram em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá. O primeiro, diagnosticado com um encurtamento nos tendões, tem dificuldade para andar e, recentemente, passou a usar bota ortopédica como parte do tratamento.

Para mostrar que não há diferença entre os filhos, a jornalista Vivian Lessa e o professor Kleber Dias, pais dos dois, fabricaram uma bota de papelão para o segundo. Os gêmeos nasceram prematuros extremos, em uma gestação de 26 semanas. Lucas naceu com 780 gramas e Henrique com 790 gramas. Segundo Vivivan, os dois ficaram internados numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 87 dias. No período que passaram internados, os gêmeos tiveram infecções, passaram por transfusões de sangue e, quando tinham um mês de vida, foram operados. “Henrique chegou a ser desenganado com 10 dias devido a uma hemorragia pulmonar. A situação era propícia para que eles tivessem sequelas muito graves. A medida que foram se desenvolvendo percebemos que eles não tinha nada de anormal muito grave”, afirmou a mãe. O caso de Lucas é considerado uma sequela, mas de baixo nível. O problema de Lucas, de acordo com os pais, foi percebido pela dificuldade que ele tinha de sentar sozinho sem apoio. Enquanto Henrique já engatinhava, Lucas mal sentava. “A evolução do Lucas era bem mais lenta. Henrique andava e Lucas estava aprendendo a engatinhar”, contou Vivian. Como tratamento, Lucas faz fisioterapia. Para andar, ele precisa do apoio de alguém e fica na ponta dos pés. Na semana passada, ele fez aplicações de botox para aliviar a tensão nas pernas que o esforço causa. Recentemente, Lucas passou a usar a bota ortopédica para ajudar a firmar o pé e começar a andar. O equipamento, segundo os pais, foi tratado como um brinquedo para que o filho não estranhasse. O que eles não esperavam, entretanto, é que o outro filho também quisesse usar a bota. “Lucas não quis emprestar a bota dele. Uma das madrinhas deu a ideia de fazer a bota para o Henrique de papelão. E o que um tem o outro vai ter, embora eles ainda não entendam a função e nem porque só um precisa”, disse Vivian. A expecativa dos médicos é que, em breve, Lucas comece a andar. Ele continua com o tratamento na fisioterapia e, precisa agora, se sentir seguro. "Passamos todo esse tempo na UTI, com a expectativa muito baixa de trazer meus filhos vivos e sem sequelas para casa. Essa situação que o Lucas enfrenta é mínima diante do que já enfrentamos", completou Vivian. Fonte: G1

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