O Instituto Geral de Perícias de Joaçaba (IGP) divulgou na tarde desta sexta-feira, 17, o laudo que buscava apurar se um medicamento do qual uma paciente era alérgica, a Dipirona, foi ministrado a ela, o que segundo familiares, teria causado sua morte em setembro do ano passado no Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), em Joaçaba.

Familiares de Izabel Leontina Rezende da Silva, 48 anos, alegavam que o medicamento teria sido ministrado a paciente pouco tempo depois de fazer uma cirurgia na perna. A morte aconteceu quando ela já estava no quarto se recuperando e a alegação era que a Dipirona foi injetada junto com o soro na veia da paciente. O Coordenador do IGP de Joaçaba, João Barneche, concedeu uma entrevista coletiva para falar sobre o caso. Segundo ele, o laudo foi assinado por três peritos criminais e foi repetido mais de uma vez no Instituto de Análises Forenses do órgão. O laudo afastou qualquer traço de presença do medicamento no sangue da mulher. "Não foi encontrada a presença de Dipirona no sangue dessa senhora. Provavelmente a causa da morte foi alguma complicação que ela tenha sofrido desde o deslocamento de casa até o hospital, provavelmente já chegou ao hospital em uma situação na qual o quadro não poderia ser revertido. Mas Dipirona não foi a causa da morte". O perito confirmou que traços de medicamentos de uso contínuo foram encontrados no sangue da mulher, porém, nenhum deles tem a formula semelhante ao da Dipirona. O laudo será encaminhado para a Polícia Civil e será anexado ao inquérito policial que apura o caso, já que a família registrou um Boletim de Ocorrência. Após o fato o Hust informou que uma  sindicância foi instaurada para apurar o caso, mas o resultado não foi divulgado.