Há pelo menos seis meses, Matilde Casado, moradora  do bairro Vila Rica em Herval d’ Oeste, tem recebido curiosos visitantes em seu terreno. Tratam-se de quatis, mamíferos peludos com focinho comprido, que vivem em bandos e tem por costume, sair durante o dia para se alimentar e a noite dormir enrolados em árvores. Seu habitat natural são as matas, porém, não é de hoje que esses animais, em busca de comida, aparecem em áreas urbanas, que tenham alguma proximidade com vegetações.

Matilde conta que no início, a família via apenas um ou dois animais. Segundo ela, uma árvore caiu nos fundos da residência e com a terra exposta  era possível presenciar os quatis procurando por minhocas. Além disso, no local havia alguns lagartos, que também são presas do quatis e com o passar do tempo o número de animais, foi aumentando. “Não é sempre que eles aparecem, mas quando vem é no início da manhã e no final da tarde.  Certa vez contamos mais de 50. De tantos que tem, as pessoas que sabem que eles aparecem, me veem na rua e já vão perguntando: e os quatis?”, riu a moradora. Matilde contou ainda, que além de aparecer no terreno, os animais já chegaram a entrar na sua casa, por isso, ela colocou uma tela de proteção em uma das janelas “É até bonito de ver todos juntos, mas ao mesmo tempo são danados!  Roubam o que acham em cima da mesa e balcões. Esses dias servi um lanche para as visitas e quando voltei encontrei pedaços de bolo por todo o chão. Tinham roubado o restante que deixei na cozinha”, afirmou. Em alguns casos quatis podem atacar animais domésticos, em 2014 em Joaçaba uma cadela foi e ficou ferida  por um bando de quatis, porém, Matilde, nunca presenciou maiores transtornos. “Temos  certa preocupação, mas até agora exceto pelo roubo de comida, não tivemos problemas. Temos árvores frutíferas no terreno então estamos de olho pra ver se eles não vão “fazer a limpa”, quando elas derem frutos, mas, ao mesmo tempo, não sabemos muito o que fazer a respeito” finalizou a moradora. No vídeo abaixo, uma das aparições dos quatis no terreno. Fonte:Portal Éder Luiz