Polícia conclui investigações e apresenta conclusões nos casos das mortes de Valdir Martini e Martyn Willyan

A Polícia Civil acredita ter identificado os autores de dois crimes violentos que vinham sendo investigados.

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Delegada Fernanda Silva.
Delegada Fernanda Silva.

A Polícia Civil acredita ter identificado os autores de dois crimes violentos que vinham sendo investigados. Trata-se do homicídio de Valdir Martini, de Herval d’Oeste, ocorrido no último dia 29 de dezembro e ainda do caso do corpo encontrado carbonizado no interior de Erval Velho, em outubro do ano passado.

Os detalhes foram fornecidos em uma entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, na qual estiveram presentes o Delegado Regional, Daniel Régis, Delegado da Comarca de Herval d´Oeste, Davyd Lima, e a Delegada Fernanda Silva, da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Joaçaba. As investigações dos dois casos foram realizadas em conjunto entre policiais das delegacias de Joaçaba, Herval d´Oeste e Erval Velho. Corpo carbonizado identificado e suspeito preso Através de vários indícios apurados desde que o corpo de Martyn Willyan Carvalho dos Santos, 23 anos, foi encontrado carbonizado em uma propriedade rural de Erval Velho, a polícia chegou ao suspeito da autoria, Almir da Silva, 48 anos. Vítima e autor eram moradores de Herval d´Oeste, embora Martyn mudasse de paradeiro constantemente. Segundo a Delegada Fernanda Silva, somente no mês de novembro de 2016 a família foi até o Instituto Médico Legal de Joaçaba para fazer o reconhecimento, através de algumas características, como uma tatuagem. A partir de então as investigações mais efetivas iniciaram, colhendo informações a respeito da vítima e realizado exame de confronto de DNA, confirmando a identidade de corpo, o que só chegou as mãos da polícia em janeiro de 2017. "Em razão de todos esses fatores, dificultou ainda mais as investigações, pelo fato da vitima não possuir emprego fixo, residência fixa e morando de favores. Identificamos várias pessoas com a qual ele tinha desentendimento, formando-se várias linhas de investigação. Tudo convergiu para parte de uma coberta de lã que foi encontrada junto ao corpo carbonizado e esse tecido foi reconhecido por uma testemunha como sendo semelhante a uma coberta que o autor carregava dentro do seu veículo. Nas buscas feitas na casa do suspeito encontramos uma coberta semelhante aquela e vários equipamentos eletrônicos danificados e obsoletos, semelhantes a alguns que estavam junto ao corpo carbonizado. Quando representamos e cumprimos a prisão dele encontramos um telefone celular em sua posse, reconhecido por testemunhas como semelhante ao que a vítima tinha". Detalhou a delegada. No veículo do autor, através de um exame feito pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), foi constatada ainda a presença de sangue. Diante das evidências a investigação foi concluída e o autor indiciado pelo crime de latrocínio, quando se mata para roubar.  Almir da Silva nega a que tenha cometido o crime e como não dá detalhes é difícil saber em que circunstâncias o fato aconteceu. A vítima, além de ter o corpo queimado, sofreu ferimentos por objeto cortante e teve várias fraturas pelo corpo. Caso Martini Valdir Martini, 67 anos, foi morto após uma discussão próximo ao local onde o crime aconteceu, na Linha Sede Belém, interior de Herval d´Oeste. Segundo o delegado Davyd Lima, as equipes de investigação apuraram que uma garota teria sido testemunha do crime. Quando foi ouvida na delegacia ela confirmou os fatos e a partir deste momento as investigações evoluíram. Após isso, dois suspeitos tiveram as prisões decretadas, David Gouterres Marques, 23 anos, e Jhonatan Gonçalves do Santos, 20 anos. As investigações apontaram que uma discussão aconteceu no interior do veículo da vítima, onde estavam os dois indiciados, duas jovens, menores de idade, e Martini. O desentendimento teria se originado após a tentativa de um dos autores de abusar da menor de 13 anos, ação a qual Martini teria reagido e sido morto, levando aproximadamente 30 facadas. "Um dos detalhes desta investigação é que os dois indiciados alegam não se conhecerem, mas existem vários depoimentos comprovando que eram amigos. Extraímos muita contradição e mentira entre os dois, mas existem elementos e provas que tornam a autoria bastante clara". Comenta o delegado Davyd. Ambos os presos negam o envolvimento.

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