Professor do IFC implementa estratégia contra falta de interesse na educação física

Professor do IFC implementa estratégia contra falta de interesse na educação física

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Professor do IFC implementa estratégia contra falta de interesse na educação física

Desde o início do ano, o Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Luzerna tem atuado com uma nova proposta para as aulas práticas de educação física. A instituição, que oferta o Ensino Médio Integrado em Automação Industrial, Mecânica e Segurança do Trabalho, está lidando com uma forma diferente para combater a falta de interesse nas atividades da disciplina. Agora, os estudantes do segundo e do terceiro ano têm a possibilidade de escolher um grupo de modalidades: esportes de invasão (handebol, basquete, futsal e rugby), esportes de rede (vôlei, badminton e tênis) e ginástica e dança (tango e flamenco).

A iniciativa partiu do professor Humberto Luís de Cesaro, que, em seu doutorado, realizou um estudo sobre o abandono discente nas aulas de educação física – ou seja, o processo pelo qual estudantes do ensino médio vão demonstrando cada vez menos interesse pelas atividades práticas desta disciplina, chegando ao ponto de não mais praticá-la. “Entre os motivos para este abandono está a falta de interesse pelas atividades, seja por não gostar de um determinado conteúdo, seja por não ter habilidade para acompanhar os colegas”, explica o professor. Com os dados em mãos, o docente apresentou ao IFC uma nova organização das atividades, separadas por grupos de interesse. As aulas de educação física acontecem ao mesmo tempo das aulas de língua estrangeira, assim, é possível formar grupos que envolvam as duas turmas de segundo ano, ou as duas turmas do terceiro ano. “No terceiro ano, por exemplo, estudantes das duas turmas (Automação e Segurança) terão aulas de esportes de invasão na segunda-feira, enquanto os colegas que optaram pela dança estarão na aula de língua estrangeira; na terça, é o contrário”, destaca Humberto. A nova organização permite o aprofundamento das práticas corporais que mais interessam a cada estudante. “Quando os conteúdos são diluídos ao longo do ensino médio, a aprendizagem é superficial; isso não ocorre nessa organização porque há mais tempo para o desenvolvimento de cada conteúdo”. No IFC, a disciplina de educação física é dividida entre aulas práticas e teóricas. “Cada um dos três anos tem um eixo norteador: saúde e lazer no primeiro ano, anatomia no segundo, fisiologia no terceiro. Esses conteúdos são trabalhados de forma teórica, sempre buscando estabelecer relações com a prática”, fala o professor. “No estudo da fisiologia, por exemplo, além de compreender os processos básicos para o funcionamento do corpo humano, os alunos estudam os efeitos que o exercício produz sobre o organismo”, finaliza Humberto. Fonte: Wagner Lenhardt/Cecom IFC.

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