Conheça a história do artista considerado “ o poeta que escreve com tintas e pincéis”

 Reportagem Pablo Casarino Nascido no município de Bom Retiro/SC, o artista Adilson Fernandes Guanabara, conhecido como Guanabara, começou a despertar seus dons artísticos ainda criança quando desenhava nas paredes da casa dos pais com carvão e giz que trazia da escola. O contato propriamente dito com a arte deu-se no ano de 1974 quando, aos 22 anos, saiu do interior ingressando em seu primeiro emprego no ramo de telecomunicações. Antes de se mudar para Joaçaba em 1984, o artista residiu nos municípios catarinenses de Caçador e Lages. Em 1998, já com sua carreira artística mais consolidada e sob influências das correntes artísticas fauvista, impressionista e expressionista, Guanabara montou sua molduraria e Galeria de arte, trabalhando paralelamente como diretor municipal de cultura do município de Joaçaba. Somente em 2011, Guanabara começou a se dedicar exclusivamente a sua arte, a projetos culturais e a ministrar palestras em escolas como voluntário. Atualmente, apesar de ter se aposentado por tempo de serviço, Guanabara vive exclusivamente para a arte. Segundo o artista, sua maior fonte de inspiração é a paixão pela pintura. Ele afirma que após a definição do tema, inicia-se um grande processo de formatação dentro de seu próprio estilo, com o uso das cores e a técnica, experimentos, trabalho e dedicação. Anteriormente ao tema “Mulher”, recorrendo nas obras e retratado com extrema fantasia e delicadeza, Guanabara se enveredou por cenários sociais como: engraxates, boêmios, favelas coloridas, entre outros. Ele ressalta que antes de começar sua carreira como pintor, teve grandes influências literárias principalmente do pai do impressionismo, Augusto Renoir e do Cubista, Pablo Picasso. Influências que foram importantes para a criação de seu próprio estilo, técnica e uso das cores.

O artista que em seu período de maior inspiração trabalha cerca de 12 a 15 horas por dia, abusa das pinceladas densas, técnica limpa e de grande vivacidade multicolorida. De acordo com Nelson Di Córdova da Academia de Artes e da Associação Paranaense de Artistas Independentes, “Guanabara é um poeta que escreve com tintas e pincéis”.