Ataque a creche: delegado afirma que assassino não sairá impune, mesmo com "estado de surto"

Delegado-geral do Estado explicou que criminoso terá de pagar pelo crime cometido.

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Foto: NSC TV
Foto: NSC TV

Com as investigações sobre o ataque a creche de Blumenau em andamento, o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, fez questão de ressaltar que o autor do assassinato não deve sair impune. A possibilidade começou a circular pelas redes sociais depois da Polícia Civil afirmar que o criminoso estava em “surto paranoico” no momento em que matou as quatro crianças e feriu outras quatro, na última quarta-feira (5).

"É bom a população entender que nada isenta a responsabilidade dele. Muitas pessoas acham que isso [um surto] justificaria qualquer ato, mas não justifica e não isentaria", reforçou. "Ele seria punido de forma diferente, [ficaria] em um hospital de custódia. Não existe isso de sair imune", detalhou.

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Especialistas ouvidos pelo Santa explicaram que dificilmente o homem será considerado inimputável — ou seja, quando o acusado não tem consciência do que faz. O defensor público Arthur de Albuquerque acrescenta que, mesmo que o laudo de sanidade mental ateste que o autor é "louco", isso não significa que ele deixará de enfrentar as consequências.

Ainda não há um processo judicial contra o autor do ataque, já que a Polícia Civil trabalha no inquérito para identificar motivação e outros detalhes. Alguns laudos são aguardados também, como o exame toxicológico, que deve indicar se o criminoso estava sob efeito de drogas no momento do crime.

Depois, com o documento sendo remetido ao Judiciário, a Justiça define a realização do julgamento e, só então, será descoberto o tamanho da pena — e como ela deve ser cumprida. Preso preventivamente, o morador de Blumenau deve aguardar todo esse andamento processual atrás das grades.

Entenda o caso

O caso ocorreu por volta das 9h de quarta-feira, na Creche Cantinho Bom Pastor. De acordo com a Polícia Militar, o homem, de 25 anos, chegou na escola em uma moto, pulou o muro e matou, aleatoriamente, quatro crianças com o uso de uma machadinha. Depois, o assassino saiu da unidade e foi até o Batalhão da PM, onde se entregou.

Ao todo, quatro crianças morreram e cinco ficaram feridas — uma delas se machucou durante a correria. As vítimas são Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, Bernardo Pabst da Cunha, de 4, Larissa Maia Toldo, de 7, e Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos. 

Fonte:

NSC Total

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