Os avós maternos do menino de 2 anos que despareceu em Santa Catarina no final de abril e foi encontrado em São Paulo uma semana depois não tinham conseguido ver o neto até a manhã desta quarta-feira (17), informou o advogado da família, Jorge Conforto.

A criança foi entregue a um abrigo em São José, na Grande Florianópolis, após retornar ao estado catarinense na segunda-feira (15). Segundo Conforto, os avós, que pediram a guarda do menino à Justiça, foram orientados por ele a procurar o serviço técnico do fórum de São José para viabilizar as visitas enquanto aguardam decisão judicial.

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Antes do juízo se manifestar sobre a guarda, os familiares serão submetidos a um exame psicossocial. "Estamos no aguardo de uma posição do juiz. Não teve resposta", disse o advogado.

Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o procedimento vai verificar se os avós têm condições de ficar com a criança. Se forem aprovados, o menino sai do abrigo.

Entenda

A mãe dele, uma jovem de 22 anos, foi quem o entregou para os suspeitos. Ela "tem uma fragilidade emocional e psicológica muito grande", segundo a delegada da Polícia Civil de Santa Catarina, Sandra Mara. A mulher, segundo a polícia, foi aliciada por um dos presos para uma adoção ilegal.

Marcelo Valverde é apontado pela investigação como intermediador da entrega da criança a Roberta Porfírio. Os dois foram presos em flagrante por tráfico de pessoas. Mais duas pessoas são investigadas.

O inquérito que apura a atuação do grupo tem prazo de 30 dias para a conclusão, a contar do registro da ocorrência, segundo o governo do Estado. Há possibilidade de prorrogação da investigação.