Bebê de 4 meses morreu nos braços da mãe após diagnósticos errados em SC

O pequeno Samuel morreu após passar por dois hospitais diferentes.

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Foto: Reprodução/Instagram
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Samuel, de apenas quatro meses, morreu nos braços da mãe em Florianópolis no último domingo (27). Em entrevista à repórter Karina Koppe da NDTV, a mãe Camila de Brito Guedes, deu detalhes do acontecido.

Com diagnóstico errado após passar pelo Hospital Florianópolis e ser encaminhado ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, a criança que foi diagnosticada com gases, morreu nos braços da mãe. Segundo o laudo da morte, a causa foi pneumonia bilateral.

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Samuel começou a apresentar sintomas gripais na segunda-feira (21), e então piorou na quarta-feira (23) dia em que os pais levaram o pequeno para atendimento no HF (Hospital Florianópolis).

“Chegamos no hospital e estava muito cheio. Eu esperei umas 3h para ser atendida. Meu atendimento durou cerca de 3 min, a médica escutou o pulmão e receitou uma lavagem nasal”, diz.

A piora e o retorno ao Hospital Florianópolis

No entanto, da consulta de quarta-feira até sábado (26) Samuel piorou, e a mãe o levou novamente no Hospital Florianópolis.

“No sábado ele foi atendido rapidamente, a médica examinou ele e outro médico também. Pediram raio-x, exame de sangue, e falaram que seria gases. Caso piorasse, era para levar no Infantil”, relata.

Em casa, após o atendimento, a criança voltou a piorar. A mãe então retornou ao hospital, mas desta vez ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, onde foi encaminhada pelo HF. “O médico olhou, mas não a respiração”, fala. No mesmo dia, o bebê foi enviado para a casa.

“No domingo, a boca dele estava roxa, a barriguinha dele afundava. A gente então correu para o Hospital Florianópolis mas, já no carro, vi que ele não estava respirando ali, nos meus braços”, relata.

O pai da criança, Gustavo Valdema Correa, relata que é difícil ter ânimo para continuar a vida após a morte do filho. “Está sendo difícil. A minha vontade era deitar e esquecer tudo. Mas, temos que fazer justiça”, fala com voz embargada de choro.

O que dizem os hospitais

Em nota o Hospital Infantil Joana de Gusmão relatou que:

A Direção do Hospital Infantil Joana de Gusmão informa que, conforme os registros em prontuário médico, não foi evidenciado nenhuma prática indicativa de negligência, imperícia ou imprudência. Após criteriosa avaliação dos dados registrados em prontuário médico, por todos os profissionais envolvidos, observou-se que o atendimento foi realizado com atenção e zelo.

Já o Hospital Florianópolis, detalhou o atendimento:

O Instituto Maria Schmitt-IMAS, entidade gestora do Hospital Florianópolis, em respeito à sociedade, imprensa e, especialmente aos pacientes e seus familiares, vem a público informar sobre os atendimentos prestados a um bebê neste último domingo, dia 27 de agosto.

Salientamos que de acordo com o prontuário médico, o paciente foi recebido para atendimento no HF no dia 23/08 com sintomas gripais, em bom estado geral, sendo liberado com orientações.

Em 26/08 foi reavaliado, permaneceu na unidade para realização de radiografias e exames laboratoriais, sendo constatada estabilidade do quadro naquele momento e sendo realizadas orientações para os familiares. Em 27/08 ao retornar foi constatada a necessidade de encaminhamento ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, unidade de referência para atendimento infantil, para avaliação especializada.

No mesmo dia, 27/08, após avaliação e alta do HIJG, o paciente retorna à emergência do HF por volta das 22h30 apresentando-se em parada cardiorrespiratória, sendo realizado 70minutos de manobras de reanimação, contando também com apoio ágil do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência-SAMU.

Infelizmente, o paciente faleceu às 23h50 apesar de todos os esforços. A Direção e toda a equipe do Hospital Florianópolis lamenta profundamente pela perda e reforça que os profissionais desta unidade de saúde adotaram todas as medidas previstas nos protocolos clínicos para o caso, buscando salvar a vida da criança.

Registre-se que toda a equipe agiu empenhada e comprometida a solucionar o caso, sem indícios de qualquer conduta negligente ou imprudente. No entanto, o estado de saúde, já muito comprometido, do menor evoluiu para o óbito.

Por fim, reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a rigorosa apuração de ocorrências, sempre primando pela busca em ofertar a população um atendimento seguro, humanizado e acolhedor, marca registrada do IMAS, nos colocamos à disposição de todos para quaisquer esclarecimentos.

Fonte:

ND+

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