Boatos apavoram população de Joaçaba e expõe adolescentes a fake news

A Polícia Civil apurou a boataria que falava em ataques a escolas. Famílias e menores alvos da fake news registraram boletins de ocorrência.

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(Arquivo Portal Éder Luiz)
(Arquivo Portal Éder Luiz)

A comunidade de Joaçaba se assustou com boatos divulgados nas redes sociais nas últimas horas. Um deles falava sobre um massacre com data marcada em uma escola do município, a outra expunha a imagem de adolescentes e afirmava que estariam planejando um massacre. Neste último caso, os adolescentes chegaram a ser gravados em uma rua da cidade.

Diante dos casos, o Portal Éder Luiz procurou o delegado regional de Polícia Civil, Gilmar Bonamigo, que esclareceu sobre o trabalho que foi feito a partir do momento que as mensagens chegaram ao seu conhecimento.

A primeira informação que chegou até a polícia foi que haveria um massacre planejado em uma escola de Joaçaba e que as postagens estariam sendo feitas nas redes sociais com o uso de um celular. O número e o proprietário foram identificados. As postagens estavam sendo feitas por uma criança. A mãe e a criança foram ouvidas na delegacia.

"Peço aos pais que tenham cautela e fiscalizem o uso de telefones celulares pelos seus filhos, pois podem espalhar conteúdos como estes. E aos adultos, que tenham muito cuidado com o fato de compartilhar notícias falsas, que provoquem alardes e pânico”.

Já em relação ao caso dos adolescentes que tiveram as fotos expostas e foram gravados na rua, a situação é mais grave. Assim que tiveram conhecimento dos boatos eles mesmos procuraram a policia junto com os pais. Explicaram que não planejaram qualquer ataque e que são vitimas de fake news.

“Eles dizem que as histórias que foram espalhadas são falsas. Conversei com os adolescentes, pais e mães e eles estão preocupados com a segurança dos filhos. Os menores afirmam que são góticos, costumam usar roupas pretas, por que é seu estilo. As fotos foram postadas ainda em dezembro do ano passado, e somente no dia de ontem foram postadas como se eles fossem perigosos e estivessem planejando atacar escolas. Isso é totalmente inverídico”. Afirmou o delegado.

As famílias registraram boletins de ocorrência para tentar identificar a pessoa que fez o vídeo, bem como quem postou e espalhou a informação falsa nas redes sociais.

“Essa situação, causou temor, pavor nas pessoas que tem filhos nas escolas ou trabalham nelas. Estou afirmando que tive uma longa conversa com os adolescentes e quanto a estas postagens são inverídicas, fake news. Agora, vamos tentar apurar quem espalhou imagens na internet para que responda, inclusive quem acusou esses jovens de serem perigosos, fazer ameaças, coisas que não são verdadeiras”.

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