Busca por vacina da dengue na rede privada aumenta até 300% em SC

Imunizante QDenga, oferecido pelo SUS, também pode ser adquirido pela rede privada.

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(Foto Pexels, Divulgação)
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Clínicas privadas de vacinação registraram um aumento significativo na busca por vacinas contra a dengue na última semana, em Santa Catarina. O Estado vem enfrentando um boom da doença, com um aumento de 646,5% no número casos prováveis em janeiro, em relação ao mesmo período no ano passado.

Embora o Ministério da Saúde tenha anunciado na semana passada a distribuição, pelo SUS, de 720 mil doses do imunizante Qdenga, oferecidas pelo laboratório japonês Takeda Pharma, apenas 13 municípios do Norte do Estado serão contemplados nesta primeira remessa. O público-alvo são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

Porém, a mesma vacina pode ser adquirida na rede privada. O esquema de vacinação é de duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Conforme levantamento feito pelo NSC Total, cada uma das doses pode ser comprada por preços que variam entre R$ 299 e R$ 599 em clínicas de Santa Catarina.

A clínica Imunizar, que tem três unidades na Grande Florianópolis, registrou um aumento de cerca de 300% na busca por essa vacina na última semana. O mesmo crescimento foi notado na rede Panvel, que disponibiliza a vacina em 14 lojas, distribuídas em 12 cidades de Santa Catarina.

A clínica Tio Cecim, em Florianópolis, vacinou 68 pessoas entre os dias 22 e 30 de janeiro. Em média, a instituição vacina 110 pessoas por mês.

"Tivemos um aumento muito grande na procura pela vacina da dengue desde o ano passado. Mas nessa última semana percebemos um aumento ainda maior, com certeza, pelo menos de 50%", diz Mariana Sprotte, enfermeira responsável técnica pela Primme Vacinas, que atende na Grande Florianópolis e em Balneário Camboriú.

Como tomar a vacina da dengue na rede privada em SC

Aprovada pela Anvisa em março do ano passado, a vacina Qdenga é destinada a pessoas de quatro a 60 anos, independente de já ter sido infectado ou não. Nos estudos clínicos, as duas doses demonstraram uma eficácia geral de 80,2% para evitar contaminações, e de 90,4% para prevenir casos graves.

Segundo a bula, a vacina deve ser vendida apenas mediante prescrição médica. No entanto, como o imunizante foi aprovado recentemente para distribuição via SUS, a sua indicação pela Anvisa é ampla e muitos locais de vacinação contam com médicos que fazem a triagem, portanto, é comum que clínicas dispensem a necessidade prévia da prescrição. Vale checar a necessidade de receita com a clínica de vacinação com antecedência.

Como toda vacina de vírus vivo, a Qdenga é contraindicada para gestantes e mulheres que estão amamentando, além de pessoas com imunodeficiências primárias ou adquiridas e indivíduos que tiveram reação de hipersensibilidade à dose anterior. Mulheres em idade fértil e que pretendem engravidar devem ser orientadas a usar métodos contraceptivos por um período de 30 dias após a vacinação. 


Fonte:

NSC

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