Caso Andressa

O Diário Catarinense desta quarta-feira, 29, traz uma reportagem esclarecedora sobre o caso do assassinato da menina Andressa.

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O Diário Catarinense desta quarta-feira, 29, traz uma reportagem esclarecedora sobre o caso do assassinato da menina Andressa. Citando como fonte os policiais da Delegacia de Homicídios, que estiveram em Joaçaba investigando o caso após um ano e conseguiram importantes informações, o texto esclarece quem seriam os autores do homicídio. A reportagem aponta que dois pedreiros teriam atacado Andressa, assassinado a menina e desovado o corpo. Eles estão presos desde o final do ano passado, mas por outros crimes. O que continua chamando a atenção é que a polícia de Joaçaba não recebe a imprensa para prestar estas informações, que são concedidas somente pela polícia da capital, que recomendou a prisão dos homens pelo crime e ainda afirma que o ex-vereador Valdir Souza, proprietário do sítio onde os suspeitos trabalhavam, " teria procurado a família da vítima e pedido para que não denunciasse nada à polícia. O Diário Catarinense apurou que ele teria amizade com policiais locais de Joaçaba".

Leia a reportagem do DC: Nos 15 dias que ficaram no Meio-Oeste de Santa Catarina, policiais civis da Delegacia de Homicídios de Florianópolis conseguiram uma nova versão para a morte da menina Andressa Holz, de 14 anos. Os suspeitos do crime são dois homens que trabalharam em uma propriedade vizinha a da família e que tentaram atacar uma amiga da adolescente dois dias antes do seu desaparecimento. Os investigadores chegaram a essa conclusão a partir de depoimentos de moradores da Linha Leãozinho, a estrada em Luzerna onde Andressa foi encontrada morta, no ano passado. O que chama a atenção é que essa versão afasta definitivamente a suspeita sobre o pai da garota, Otávio Holz, que vinha sendo seguida pela Polícia Civil da região de Joaçaba. Um outro detalhe ainda a ser explicado melhor é que um dos suspeitos pela Homicídios chegou a ser investigado pelos policiais locais, mas a sua suposta participação no crime foi rapidamente descartada. Os dois suspeitos são pedreiros e na época do sumiço de Andressa trabalhavam no sítio de um ex-vereador e funcionário da prefeitura de Joaçaba. Os policiais de Florianópolis descobriram que o dono da propriedade soube da tentativa de ataque contra a amiga de Andressa por seus funcionários. Ele teria procurado a família da vítima e pedido para que não denunciasse nada à polícia. O Diário Catarinense apurou que ele teria amizade com policiais locais de Joaçaba. Sem terem sido denunciados ou presos, os dois funcionários do sítio teriam então decidido atacar Andressa, que passava diariamente pela estrada para ir à escola. Andressa teria sido levada para um local afastado da propriedade, violentada e morta. Depois, os dois teriam desovado o corpo num matagal a cerca de um quilômetro dali. Os dois suspeitos foram interrogados pela equipe da Homicídios, mas negaram o assassinato da menina. Um deles está preso no Presídio de Joaçaba por tráfico de drogas e é de Herval do Oeste, cidade vizinha a Joaçaba. No depoimento, apontaram um ao outro a autoria, mas sem citar nomes à polícia, apenas referindo-se como colegas de trabalho. A polícia descobriu que o homem preso tem perfil de violência contra familiares e que tentou abusar sexualmente de uma menina depois que descobriu que ela não era sua filha legítima. Os policiais da Delegacia de Homicídios recomendaram aos policiais de Joaçaba que sejam pedidas as prisões dos dois suspeitos à Justiça. Os policiais de Florianópolis não podem atuar no inquérito por uma questão de jurisdição. Legalmente, o delegado responsável pelo inquérito (de Joaçaba) é quem pode fazer os pedidos. Essa situação seria outra se a delegacia de Homicídios fosse um departamento ou se uma diretoria estadual como a Deic tivesse sido designada para comandar as investigações.

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