Um fato chocante ocorreu por volta das 9:15 da noite desta sexta-feira (08), num edifício da Rua Rio de Janeiro, no centro de Chapecó. Uma menina de cinco anos de idade, identificada como Luna Victorique Zabatiero Carlota, que estava sozinha no apartamento onde moravam ela com sua mãe e padrasto, caiu da janela do aposento, que fica no quarto andar do prédio.

Vizinhos do edifício acionaram as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros, que rapidamente chegaram ao local, mas pouco puderam fazer para salvar a vida da criança, que foi encontrada com fratura de cervical e corte no crânio, já sem sinais vitais. Ainda assim, foi tentado reanimar a menina, inclusive com o SAMU sendo chamado pelos bombeiros para encaminhamento da vítima ao Hospital da Criança, mas mesmo assim não houve como evitar o óbito.

Quando a mãe e o padrasto da vítima, de 30 e 21 anos de idade, respectivamente, chegaram ao local da ocorrência, populares e moradores tentaram agredir o padrasto, forçando a guarnição a intervir. Em entrevista ao jornalista Eduardo Grassi do portal Chapeco.org, ambos relataram que saíram para comprar a janta num supermercado. O padrasto afirmou que teria trancado uma janela e que a outra tinha proteção, e que a ida ao mercado durou em torno de 20 minutos. O jornalista também consultou moradores do prédio, afirmando que os responsáveis deixavam a criança sozinha em casa com frequência, e que já viram a criança outras vezes sentada perto da janela.

A Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Chapecó, informa que foi instaurado inquérito policial para apurar todas as circunstâncias do fato. No local, a DPCAMI buscou informações e elementos para esclarecer o ocorrido, além de identificar testemunhas. A Polícia Científica foi acionada e compareceu no local para realizar perícia.

Todos os detalhes serão analisados e esclarecidos no decorrer das investigações, que seguem no decorrer da semana e ficam sob responsabilidade da DPCAMI de Chapecó. Entretanto, informações das forças de segurança dão conta de uma possível representação contra a mãe e o padrasto da vítima por abandono de incapaz seguido de morte, crime com pena de 4 a 12 anos de cadeia.