Dois catarinenses estão em voo que chega com resgatados da Guerra no Oriente Médio

Avião com mais de 30 brasileiros chegou ao Brasil na noite desta segunda-feira.

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Foto: Reprodução/Itamaraty/ND
Foto: Reprodução/Itamaraty/ND

Uma mãe, de 30 anos, e o filho, de 5, chegam a Florianópolis entre a noite desta segunda-feira (13), e a madrugada de terça-feira (14). Vindos de Gaza, após o conflito armado entre Israel e Palestina que já dura ao menos 53 dias, a família diz que agora se sente em segurança, mas que o medo ainda ronda as suas mentes.

“Temos medo de falar. Temos medo”, responde a mãe, que prefere não dar detalhes sobre onde está, como chegou ou o que fará. Uma fonte do portal ND+, que não será identificada, disse que a mãe teme o governo de Israel e a repressão por ter saído do país.

O que se sabe até o momento é que a jovem brasileira faz parte de um grupo de ao menos outros 30 passageiros. Dentre eles, 20 resgatados devem permanecer em Brasília; nove devem ir para uma cidade no interior de São Paulo, e um para Porto Alegre (RS).

Questionado, o Itamaraty respondeu ao portal ND+ que não poderia dar detalhes sobre o abrigo para onde mãe e filho foram encaminhados. Isso para, segundo eles, garantir a segurança de ambos e respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados.

A jornada da saída de Gaza

O cruzamento da fronteira de Gaza com o Egito neste domingo (12) representou mais um capítulo na jornada do grupo de 32 pessoas – 22 brasileiros de nascimento, sete palestinos naturalizados brasileiros, três palestinos familiares próximos, 17 crianças, nove mulheres e seis homens – para escapar do conflito entre o Hamas e Israel que já deixou mais de 12 mil mortos, dos quais cerca de 1.200 israelenses e 11 mil palestinos, sendo quase 70% mulheres e crianças.

Depois de um mês de agonia, o grupo de 32 pessoas chegou ao Cairo, onde dorme nesta noite. O avião que transporta os brasileiros decolou do Cairo às 11h50 desta segunda-feira (13). O pouso em Brasília está previsto para as 23h30.

Duas pessoas do grupo, que constavam da lista original, desistiram da repatriação e decidiram permanecer em Gaza. A jornada de repatriação, marcada por momentos de tensão, angústia e terror, teve início no dia 7 de outubro, logo após o atentado do Hamas a Israel.

Foram dias de espera aguardando a inclusão na lista de pessoas autorizadas a atravessar a passagem de Rafah, o que só ocorreu na sétima lista. Mesmo com a inclusão, os brasileiros ainda tiveram que aguardar, já que a fronteira de Rafah, em Gaza, para o Egito, foi fechada no sábado (4) após ataque a ambulâncias, que deixou vários palestinos mortos e feridos.

A fronteira permaneceu fechada nos dias seguintes por razões de segurança. Na sexta-feira (10), ataques aéreos de Israel atingiram ao menos três hospitais na Faixa de Gaza e mantiveram a fronteira fechada.

Fonte:

ND+

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