Em entrevista, advogado de homem que matou vendedor de doces fala sobre o caso

Ele reforça tese de que vítima abordou e ameaçou o cliente e a filha dele.

, 3.480 visualizações
Reprodução
Reprodução

O advogado de defesa de Gleidson Tiago da Cruz, 41 anos, o homem que tirou a vida de um vendedor de doces que vendia os produtos em frente a um supermercado em Blumenau, na última sexta-feira, 03, concedeu entrevista ao Programa Alexandre José, da Rádio Clube, na manhã desta terça-feira, dia 07, e reforçou a tese de que a vítima provocou a situação.

Conforme Rodolfo Warmeling, a versão de Gleidson é corroborada por testemunhas. Segundo o advogado, o caso tem dois momentos que culminam no assassinato. O primeiro é quando o autor chega ao supermercado com a filha e o morador de rua o aborda de forma grosseira. Já há uma discussão, mas Gleidson evita a confusão e entra no estabelecimento.

"Quando sai do mercado, ele encontra o cidadão novamente, que prossegue com ameaças, que são ameaças à integridade física do pai e da criança de 2 anos. Há um episódio em que ele chuta o carrinho da criança, além das ameaças. Existe, então, uma luta corporal entre os dois, e o resultado todos já sabem", comenta.

Até agora, poucas imagens que ilustram o assassinato foram obtidas. Outras filmagens, principalmente as do supermercado, foram solicitadas. Até o momento, só há registro do momento em que o autor desfere os golpe, mas nada que mostre os momentos anteriores que foram derradeiros a este desfecho.

Leia mais

Na entrevista, o advogado também comenta sobre críticas ao homem por ter praticado o crime em frente à criança. Rodolfo Warmeling lembra que o caso todo foi originado por conta de ameaças à menina e que não teria como o homem levar a criança para outro lugar e retornar para tirar satisfação.

"Muitas pessoas pergunta 'mas na frente da filha?' Gostaria de esclarecer que todo esse enredo acontece por causa da filha dele, a partir do momento que coloca em cheque a integridade de uma criança de 2 anos, proferindo ameaçadas. Então, não tinha como ele deixar a filha em casa, voltar e dar um trato. Aí seria crime de premeditação", explica.

Já sobre a arma, o advogado disse que não há informações concretas a respeito de quem era o dono o artefato utilizado para o assassinato. Segundo ele, também não se confirmam os comentários de que o autor teria ido buscar a faca em casa ou comprado no supermercado.

"Em algum momento alguém falou que a faca era do autor e assim está até o presente momento no inquérito policial. Por isso, precisamos do processo, que nem tem ainda, para contraditar e trazer a verdade", ressalta ele, sem explicar claramente a quem pertencia o item.

O caso aconteceu por volta das 18 hora da última sexta-feira, no bairro Victor Konder. A vítima era Giovane Ferreira da Silva Oliveira, de 29 anos. O vendedor de doces foi atingido por cerca de 15 facadas e elas foram desferidas pelas costas, conforme imagens próximas ao local. O homem está preso. 

Notícias relacionadas