Envolvidos em ataque a policial militar em Ibiam são condenados por tentativa de homicídio

Crime, na qual sargento foi atingido por três disparos, aconteceu em maio de 2022.

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Envolvidos em ataque a policial militar em Ibiam são condenados por tentativa de homicídio

Um policial militar viveu momentos de pânico na madrugada de 21 de maio de 2022. Por volta das 2 horas, ele foi alvejado com três tiros enquanto cumpria suas funções no destacamento de Ibiam, município do Meio-Oeste, com cerca de dois mil habitantes. Os projéteis atingiram o braço, o rosto e uma região próxima ao coração. Ele foi socorrido por um colega, passou por cirurgia e ficou seis meses afastado do trabalho.

Na última terça-feira (16), as quatro pessoas envolvidas no crime foram julgadas e condenadas a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A sessão do Tribunal do Júri aconteceu no fórum de Tangará, sede da comarca. Os Promotores de Justiça Victor Ribeiro Debastiani e Larissa Moreno Costa conduziram a acusação, apresentando as evidências do crime aos jurados.

A vítima de 48 anos relembrou os fatos, na presença do público que compareceu ao julgamento. “Foi tudo muito rápido. Ainda bem que meu colega de trabalho mora perto do destacamento e ouviu os tiros, indo a meu socorro. Eu só conseguia pensar na minha família enquanto era levado para o hospital. Foi o momento mais difícil que vivi nesses 26 anos de profissão”. 

No banco dos réus, três homens e uma mulher com idades entre 23 e 30 anos. Eles cumprirão penas que variam de 10 a 12 anos de reclusão em regime inicial fechado. O conselho de sentença reconheceu as três qualificadoras apresentadas na denúncia, o que agravou as penas.

Uma delas foi motivo torpe, pois o grupo tentou matar o policial para saldar uma dívida de drogas com uma facção criminosa. A segunda foi a dissimulação, afinal, os réus fingiram precisar de ajuda para atrair a vítima até a janela do destacamento antes de fazer os disparos. E a outra qualificadora foi justamente o fato de o crime ter sido praticado contra um agente de segurança no exercício da função.

Os réus ainda foram condenados por porte ilegal de arma, afinal, o revólver utilizado no crime estava em desacordo com a legislação. A mulher transportava cocaína no momento em que o veículo foi parado uma barreira policial montada próximo ao município de Campos Novos, e foi condenada por mais esse crime. Os réus- não poderão recorrer em liberdade.

Os Promotores de Justiça que atuaram na sessão do Tribunal do Júri dizem que “a decisão dos jurados representa a vontade e o clamor da comunidade, e faz justiça a um profissional e pai de família atacado covardemente enquanto trabalhava”.

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