Família fica 4 horas com corpo na sala até que órgãos decidissem quem teria que retirar

Situação aconteceu em Joaçaba e gerou indignação dos familiares.

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Família fica 4 horas com corpo na sala até que órgãos decidissem quem teria que retirar

Notícia atualizada!

Uma família do Jardim Lindóia, em Joaçaba, ficou desde às 10h da manhã desta segunda-feira, 09, com o corpo de um familiar na sala da casa, até que enfim fosse retirado pelo IML.

Os familiares relataram ao Portal Éder Luiz que o homem morreu de infarto fulminante. O Samu foi acionado e no momento já teria indicado a causa da morte, mas seria necessário que um médico do posto de saúde que atende o bairro fosse até o local para atestar a morte de forma oficial. Os familiares alegam que houve demora da equipe médica e que estavam em dúvida se o IML deveria ser acionado.

Uma funerária da cidade foi chamada para retirar o corpo, mas nada pode fazer até que os trâmites oficiais se concretizassem. Por volta das 15h o IML deslocou uma equipe até o local e o corpo foi enfim recolhido para uma necropsia, que vai apontar as causas da morte.

"Imagine toda a família desesperada ter que ver o corpo na sala por tanto tempo. Essa demora chega a ser assustadora e deixou a todos desanimados e sem entender o que parece até falta de humanidade". Desabafou um familiar.

Prefeitura se manifesta

Nossa reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Joaçaba, que enviou uma nota sobre o atendimento. Leia abaixo:

A Secretaria de Saúde de Joaçaba relatou que conforme informações do SAMU, o chamado foi realizado às 11h10. Às 11h30 eles se deslocaram ao ESF da Vila Remor para acionar o médico do ESF para atestar o óbito, porém o mesmo estava em horário de intervalo e necessitaria buscar o atestado de óbito, que está disponível apenas Secretaria de Saúde de acordo com as normas vigentes. Às 13h o motorista do ESF estava na Secretaria para buscar o atestado. Às 13h30 a equipe médica do ESF estava na residência do paciente e foi constatado que, pelas circunstâncias, se tratava de uma “morte externa” e não de causas naturais. De acordo com o protocolo, foram acionadas a Polícia Civil, Militar e Científica para que prosseguissem com a investigação

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