Moradores que tiveram a casa atingida por um incêndio no dia 28 de janeiro deste ano, na Vila Cachoeirinha, em Joaçaba, esperam pelo benefício do aluguel social. Na época, a casa, que fica na entrada da Vila, foi destruída pelas chamas, assim como todos os pertences dos moradores. O fogo se originou na fiação da casa e se espalhou.

Moravam no local a Estela de Souza, o maridos e mais duas pessoas da família. Eles receberam apoio da comunidade com doações e, segundo ela, de cestas básicas entregues pelo setor social da prefeitura, mas devido a trâmites burocráticos até o momento não houve repasse de aluguel social, para ter um local apropriado para ficar.

Como os imóveis da Vila Cachoeirinha estão em área irregular, a família foi orientada que não é possível reformar ou construir outra casa no local. A situação deixou Estela e o marido sem saber o que fazer, tendo inclusive que dormir no carro por algumas noites, até que conseguissem outra casa cedida por familiares para ficarem temporariamente.

Agora, eles esperam pelo aluguel social para poder seguirem a vida. A situação é mais grave por que ambos estão desempregados. Já das doações que receberam, precisam apenas de uma cama de casal.

O que diz a prefeitura

A Secretaria de Assistência Social informou ao Portal Éder Luiz que desde o primeiro dia após o fato foi feito atendimento e solicitado que a família apresentasse algumas documentações para ter acesso ao aluguel social, como é o trâmite normal, mas a documentação foi apresentada somente nos últimos dias. A secretaria recebeu também a informação que a família teria onde ficar, que seria na casa de parentes e não ficariam desassistidos. Eles seguiram recebendo cestas básicas. Diante do recebimento da documentação, os encaminhamentos serão dados já nos próximos dias para que a família possa ter acesso ao benefício.

Como funciona o benefício do aluguel social

Segundo, Sandra Regina Pacheco, Secretária de Assistência Social de Joaçaba, o aluguel social pode ser concedido em situações como a de incêndio.

"A família busca o imóvel e assim que alugado eles recebem o dinheiro na própria conta. O benefício tem a duração de 6 meses, mas pode ser prorrogado de acordo com avaliações da equipe que atende a família. Tudo isso é feito para que depois a família possa voltar para a sua casa".

No caso da Vila Cachoeirinha, como os imóveis estão irregulares, Sandra informou que a prefeitura está iniciando um processo de regularização fundiária, com a contratação de um engenheiro ambiental para ter um laudo definindo se na área podem ser feitas novas casas, já que também é uma área de risco. "Desta foram, o aluguel social pode ser ofertado até que haja uma política pública de habitação na qual a família possa ser encaixada". Encerrou Sandra.