Fumaça embaixo de escombros dificulta perícia na fábrica onde houve incêndio químico

Mais de 100 produtos químicos foram queimados no Oeste.

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Foto: Corpo de Bombeiros Militar/Divulgação
Foto: Corpo de Bombeiros Militar/Divulgação

Foi praticamente impossível começar a perícia sobre o incêndio na empresa de aditivos que consumiu produtos químicos em Xanxerê, no Oeste catarinense, na segunda-feira (13). Isso porque ainda havia muita fumaça no local, inclusive embaixo de escombros.

O incêndio ocorreu no domingo (12). Não havia ninguém na fábrica e ninguém ficou ferido. Porém, as chamas atingiram produtos químicos que emitiram fumaça tóxica, causando riscos para a população do entorno. A Defesa Civil chegou a publicar um alerta de atenção para contaminação do ar.

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O trabalho de perícia quer descobrir como começou o incêndio. Os bombeiros já sabem que, na área onde o fogo se iniciou, havia produtos químicos que, se entrassem em contato uns com os outros, poderiam entrar em combustão. Contudo, essas mercadorias estariam separadas umas das outras.

A perícia, portanto, busca entender o que de fato ocorreu para causar o incêndio. O bombeiro militar e perito de incêndio tenente Miguel Gomes explicou sobre as dificuldades no combate às chamas.

Dano ambiental

Outro cuidado das equipes de segurança na fase pós-incêndio é com o dano ambiental, já que muita fumaça tóxica foi jogada na atmosfera e, além disso, para combater as chamas os bombeiros usaram água, que pode ter escorrido em um córrego que passa próximo à empresa.

Para evitar a contaminação dessa água, a Defesa Civil montou uma estrutura de contenção.

“Foi feita uma ação de minimização de danos em que, dentro da rede pluvial, a própria água do combate ao incêndio foi para a rede pluvial. Essa rede pluvial toda foi monitorada e feitas barreiras de contenção. Nós vimos um ponto específico, nós fizemos um dique de contenção com uma máquina exatamente para fazer todo o depósito dessa água e, com hidrojato, fazer a retirada", afirmou o coordenador regional da Defesa Civil de Xanxerê, Luciano Peri.

Após a finalização do trabalho de perícia, cerca de 20 dias depois deve ser entregue um laudo sobre as causas do incêndio, feito pelos bombeiros em conjunto com a Polícia Científica.

A empresa possui câmeras de segurança, que devem ser analisadas e ajudar a identificar de que forma o fogo começou, já que, no momento em que as chamas se iniciaram, não havia ninguém dentro da empresa.

Risco no ar

A Defesa Civil chegou a publicar um alerta de atenção para contaminação do ar orientando moradores da cidade, que tem cerca de 50 mil habitantes, a ficarem com as janelas fechadas.

O incêndio não deixou feridos, porém, uma pessoa procurou atendimento no da cidade com sintomas relacionados à inalação da fumaça. Segundo a unidade, a vítima já foi liberada. As chamas consumiram produtos químicos como formol, álcool líquido, cloro, entre outros, usados na fabricação de detergentes.

O fogo destruiu mais de 80% da estrutura construída da fábrica, onde os combatentes conseguiram salvar apenas os blocos administrativos da empresa, localizada no Distrito Industrial de Xanxerê.

"Foram empregados 20 bombeiros, 4 caminhões de bombeiros, 1 caminhão-pipa, uma retroescavadeira, além de veículos leves que apoiaram na logística. Foram utilizados aproximadamente 100 mil litros de água para o combate ao incêndio e rescaldo. Do total de 3.215m² da indústria, foram salvos 575m², correspondentes aos blocos administrativos", detalhou, em nota, a corporação.

No momento do fogo apenas uma vigilante estava na empresa. Ela relatou aos militares que viu uma fumaça e, em seguida, as chamas se alastraram.

Fonte:

G1 SC

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