Greve- Governo troca texto da MP sobre proposta

Greve- Governo troca texto da MP sobre proposta

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Após reuniões entre o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, deputados da base aliada, colegiado do governo e gerentes regionais de Educação, ficou definida a mudança do texto da Medida Provisória que está em tramitação na Assembleia Legislativa a respeito das reivindicações dos professores grevistas da rede estadual. O atual texto será trocado pelo da última proposta, apresentada à categoria no dia 6 de junho, sendo que alguns pontos devem ser suprimidos do texto original.

Entre os itens cortados estão a anistia da falta da greve de 2008 e a revisão da lei 456/2009 (Lei dos ACTs). Segundo o secretário adjunto de Educação, Eduardo Deschamps, as mudanças ocorreram porque, quando a proposta foi feita, o governo queria a volta imediata das aulas. Como o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) recusou a proposta, o governo agora se ateve somente às questões relacionadas ao salário dos docentes. Um dos pontos em que há maior discordância desde o início das negociações, a gratificação por regência de classe, segue com os mesmos percentuais oferecidos pelo governo na semana passada. Dos atuais 40% e 25% os professores passariam a receber 25% e 17%, respectivamente. O piso da categoria ficaria em R$ 1.483, mais vantagens adicionais, contemplando 100% dos servidores. As mudanças teriam um impacto de R$ 22 milhões mensais na folha salarial. — O governo já atingiu o ponto máximo e o que nós podemos liberar de recursos é esse. Nós estamos abertos ao diálogo, mas queremos que os professores voltem às salas de aulas — diz Colombo, em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação. De acordo com a secretária-geral do Sinte, Anna Júlia Rodrigues, o sindicato ficou sabendo do resultado da reunião pela imprensa. Segundo ela, a categoria não vai acatar qualquer decisão que contemple a MP e quer que o governo dialogue com o sindicato dentro da proposta que foi votada pelos professores em assembleia. Anna Júlia ressalta que a paralisação segue forte no Estado. Representantes do comando de greve estiveram nesta terça-feira na Alesc para pedir aos deputados que sejam contrários à MP e que intercedam junto ao governo para que as negociações não sejam encerradas. Para esta quarta-feira estão agendados atos em frente às Gerências Regionais de Educação (Gered) de todo o Estado.

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