A Polícia Civil esclareceu em uma entrevista coletiva como chegou aos quatro envolvidos na morte do jovem Jaison Azevedo, 19, anos, cujo corpo foi encontrado boiando na manhã deste sábado, 20, no Rio do Peixe entre Joaçaba e Herval d´Oeste.

Foram 31 horas de trabalhos ininterruptos dos policiais civis, comandados pelo delegado regional Daniel Régis. Mesmo com a informação inicial do laudo pericial, dando conta que a vítima tinha morrido por afogamento, a polícia resolveu investigar mais a fundo o caso, já que o carro de Jaison não foi encontrado próximo a onde o corpo estava. Após as investigações, com informações de testemunhas mantidas em sigilo e da comunidade em geral, o veículo Corsa foi encontrado em Chapecó, escondido no estacionamento de um posto de combustíveis, onde um dos suspeitos, José Carlos dos Santos, foi preso. Por volta das 22h de ontem o delegado Daniel Régis solicitou os Mandados de Prisão dos envolvidos e ás 2 horas da madrugada deste domingo eles começaram a ser cumpridos. Foram presos: Lucas de Almeida, 23 anos, natural de Capinzal,  Welinton Urmann Tavares, 19 anos, natural de Capinzal, José Carlos dos Santos, 34 anos, natural de Joaçaba, e Flavio Pereira da Silva, 23 anos, natural de Peritiba. De acordo com a polícia, o rapaz foi abordado depois que saiu do trabalho, pois estava com dores nas costas e ia procurar atendimento médico. Nas proximidades da empresa BRF de Capinzal a vítima avistou três dos envolvidos, que pediram uma carona. Estando dentro do carro eles anunciaram o assalto e vieram em direção a Joaçaba, no meio do caminho resolveram que iam matar Jaison e usaram uma toalha para asfixiar o jovem, deixando a vítima desacordada. Após isso, seguiram em direção à Joaçaba e na Ponte que liga Joaçaba a Estação Luzerna, jogaram o corpo no rio, enquanto ainda estava vivo. "O Jaison não tinha ligação com eles, mas os conhecia porque são de Capinzal. Foi uma abordagem esporádica e ele deu o azar de estar por ali quando estes pediram a carona". Comentou o delegado Daniel Régis. Ainda de acordo com o delegado, eles contaram versões diferentes sobre como ocorreu a morte de Jaison, mas todos foram categóricos quanto ao enredo do crime. "Os três estavam no carro e ajudaram a tirar o corpo para jogar no rio", afirmou o delegado. Depois de matar e jogar o corpo de Jaison no rio, o trio entregou o carro para o quarto envolvido, que é da cidade de Luzerna, e levou o veículo para Chapecó. O valor recebido pelo carro foi 1kg de maconha, que foi dividido em partes iguais entre os três elementos. "Não conseguimos encontrar a droga, mas eles confessaram que foi por isso que trocaram o carro. O quarto envolvido também responderá pelo crime, uma vez que sabia das circunstâncias em que o carro estava envolvido e receptou, levando para Chapecó". Contou o delegado. Os quatro elementos presos tem passagens pela polícia. Dois deles, segundo o delegado, afirmaram ainda que participariam hoje do velório do jovem. Eles serão encaminhados ao presídio regional de Joaçaba. "Não temos como mudar as circunstâncias do acontecimento, mas assim a família, principalmente os pais do Jaison, tiveram uma resposta, sabendo que os marginais que fizeram isso foram presos e pagarão pelo crime". Finalizou o Delegado Daniel Régis.