Lages - Julgamento de jovem que matou mãe e irmã

Às 14h25min desta terca-feira (14), uma pausa de 15 minutos foi determinada no Júri Popular de Gustavo Waltrick.

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Às 14h25min desta terca-feira (14), uma pausa de 15 minutos foi determinada no Júri Popular de Gustavo Waltrick. Às 12h55 foi reiniciado o júri do jovem de 21 anos, réu confesso do assassinato de sua mãe, Beatriz Terezinha Tolza de Liz, 46 anos, e de sua irmã, Ana Júlia Anzolin, de 11 anos, com 42 golpes de faca, no dia 8 de abril deste ano, no Edifício Flamboyant, na rua Benjamin Constant, no centro de Lages.

A sessão segue com o tribunal lotado, como foi pela manhã, com familiares de Gustavo, acadêmicos do curso de direito, juízes, advogados, e com a explanação do Ministério Público (MP) aos jurados, representado pelo promotor Marcelo Brito Araújo. O promotor iniciou falando da vida de Gustavo, classificando-o um jovem nascido em "berço de ouro", que sempre teve tudo o que quis, tanto material quanto afetivamente, sobre o relacionamento com a mãe, da sua "superproteção", do início da vida acadêmica nos cursos de veterinária e medicina, das possíveis penas. A Promotoria defende que Gustavo oferece riscos caso volte à sociedade se chegar a ter um novo surto, como dizem os laudos médicos sobre seu estado de saúde. O promotor chegou a questionar: "Quem será a próxima vítima?" Gustavo foi acusado pelo Ministério Público de ter mentido quando iniciou uma discussão com a mãe sobre uma pasta que teria pedido para ir à faculdade. "Ela não queria deixar o filho sair de casa porque sabia que ele iria atrás de drogas na casa de Deus (um amigo que fornecia drogas, defendido por Gustavo como o próprio Deus) e que tinha parado com os medicamentos", disse o promotor, reforçando que Gustavo não tinha mais aulas no dia 8 de abril, já que tinham encerrado no dia 2 de março. Além disso, Gustavo, de acordo com a acusação, não estudava à noite, período em que brigou com a mãe e a assassinou. O rapaz estudava pela manhã. O promotor diz que se Beatriz soubesse o risco que corria e se suspeitasse que o filho antes tão carinhosos pudesse ser violento e implacável em um homicídio com requintes de crueldade, ela teria seguido a orientação do médico do jovem, pois um dia antes das mortes teria recomendado a internação de seu filho, com problemas mentais. A defesa alega que Gustavo tem problemas psiquiátricos, que estariam comprovados em laudos, que teria sofrido um surto psicótico no dia dos homicídios e que deve permanecer em tratamento. A primeira etapa do júri que decidirá o destino de Gustavo, marcada para ãs 10h injiciou com atraso de 23 mnutos. Gustavo chegou ao Fórum Nereu Ramos às 9h20min pelos fundos, estava algemado e com os pés acorrentados, e aparentemente calmo. No Tribunal do Júri ele se sentou à frente do juiz, ao lado de um policial para os questionamentos, após, se dirigiu a lateral e sentou-se, onde ficou pelo resto da primeira etapa do júri, que conta com sete jurados. Um dos instantes mais tensos e surpreendentes do júri foi quando o jovem se manifestou sobre a sequência das mortes, "logo após a mãe morrer eu já matei a Ana Júlia". Outro episódio em destaque no júri foi quando o promotor apresentou aos jurados fotos da pequena Ana Júlia em apresentações no colégio onde estudava. Após, para finalizar a segunda etapa da sessão, o representante do MP salientou que não quer a condenação de Gsutavo, mas que ele se trate e que, ao melhorar, pague pelo erro que cometeu. "Apenas quero uma sociedade mais justa". Em uma das perguntas feitas pelo juiz da Primeira Vara Criminal, Geraldo Correa Bastos, levantou-se o motivo de Gustavo ter cometido o crime. Ele limitou-se a balançar a cabeça para os lados, negativamente, como se não soubesse porquê teria assassinado a mãe e a irmã. O magistrado fez a leitura de partes do processo, do depoimento do jovem. Após, o representante do Ministério Público, o promotor Marcelo Brito Araújo fez alguns questionamentos ao acusado. Quando questionado sobre seu relacionamento com a mãe, qualquer motivo poderia gerar o início de uma discussão em casa. "Às vezes, quando eu acordava atrasado para a faculdade já era motivo de briga", revelou o rapaz, em voz baixa, que desde os 14 anos não tinha uma relação muito agradável com a mãe. Já com a irmã por parte de mãe, que era portadora da Síndrome de Down, ele revela nunca ter tido problemas, se davam bem. Gustavo confirmou que após o crime desceu à garagem e conversou com uma vizinha, apenas identificada como Zélia, sobre a negociaçào de um veículo. O rapaz afirmou ainda acreditar que o motivo da separação de seus pais foram as brigas que tinham. No Hospital de Custódia (Manicômio Judiciário) em Florianópolis, recebe visitas do pai, embora esporadicamente. Quanto ao seu histórico, ele afirma que no dia do crime fumou dois cigarros de maconha, apenas utilizou cocaína uma vez e que nunca utilizou crack, mas a maconha estava presente em sua vida. Gustavo tinha uma arma e quando criança, chegou a ter uma espingarda de pressão. Ele está arrependido, segundo a leitura dos autos.

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