Mais de R$ 1 milhão foram investidos por moradores de Joaçaba e Herval em empresa fechada por irregularidades no RS

Empresa operava com moedas virtuais e prometia retorno aos investidores.

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Dinheiro encontrado na casa de um dos sócios da empresa. (Foto: PF)
Dinheiro encontrado na casa de um dos sócios da empresa. (Foto: PF)

Um levantamento feito pela Atual FM, de Concórdia, mostrou que pessoas de Joaçaba e Herval d´Oeste investiram uma verdadeira fortuna na empresa gaúcha que operava com moeda virtual e que está sendo investigada por várias irregularidades. Somente nos dois municípios os investidores teriam aportado aproximadamente R$ 1 milhão na empresa.

A empresa Indeal, foi fechada nesta semana em operação da Polícia Federal e Receita Federal em Novo Hamburgo.

A empresa disse que opera de forma legal no Brasil e faz investimentos em criptomoedas. Alguns áudios que circulam pelos aplicativos de conversas também revelam que os investidores estariam assegurados e terão os valores restituídos. Já a Polícia Federal e o Ministério Público Federal revelam que a empresa estariam operando de forma ilegal e o dinheiro, bens móveis e imóveis foram bloqueados.

Os dados da Receita Federal revelam ainda que são pelo menos 2,2 mil investidores em 111 cidades em Santa Catarina. O total capitalizado por eles, chega a R$ 34 milhões.

A planilha da Receita Federal no Rio Grande Sul revela que em Joaçaba 70 investidores depositaram R$ 1.049 milhão e em Herval d´Oeste 17 investidores aplicaram R$ 362 mil. Capinzal aparece com 31 investidores com R$ 217 mil; Campos Novos tem 37 investidores com 564 mil.

No Rio Grande do Sul, foi possível apurar que em Erechim são 190 pessoas cadastradas na empresa com investimentos de R$ 5,872 milhões.

O inquérito foi instaurado em janeiro para investigar a atuação da empresa, que estaria captando recursos de terceiros para investimento no mercado de criptomoedas. Conforme a PF, a companhia assumia o compromisso de retorno de, pelo menos, 15% no primeiro mês de aplicação.

Ainda não há um balanço de quantas pessoas foram lesadas, mas o superintendente da PF no RS, Alexandre Isbarrola, afirma que são "centenas". Para diminuir o prejuízo das vítimas, veículos de luxo foram apreendidos na casa dos investigados.

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