Médico é indiciado por morte de bebê de 5 meses no Oeste

As investigações apontaram que o médico atuava com total descaso no atendimento dos pacientes.

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Médico é indiciado por morte de bebê de 5 meses no Oeste

A Polícia Civil de Chapecó concluiu a investigação que apurava a morte de um bebê de 5 meses.

Após desconfiar de que o filho poderia ter sido levado à óbito em razão de um erro médico, os pais da criança procuraram a Polícia Civil para relatar o caso. Depois disso, foi instaurado inquérito policial e adotadas procedimentos investigatórios para esclarecer o caso.

Durante as investigações, a equipe de policiais esbarrou em diversas barreiras que dificultaram o andamento dos trabalhos. O caso envolve conhecimentos sobre medicina e demandou apoio do hospital onde ocorreu o fato, que se negou a fornecer o prontuário médico da criança, obrigando a Autoridade Policial a acionar o Poder Judiciário e Ministério Público, dificultando a colheita de provas e o andamento das diligências. 

Foram ouvidas diversas pessoas, entre profissionais da saúde que atenderam a vítima, pacientes, pesquisas de medicamentos e perícias. 

Após formalizadas as diligências, a conclusão foi que não se tratava exatamente de um erro médico, mas sim de um descaso reiterado do médico que atendeu o bebê, que acabou por provocar uma tragédia. 

As investigações apontaram que o médico atuava com total descaso no atendimento dos pacientes sendo que, por sorte, não houve outras vítimas.

"Os trabalhos de investigação demonstraram que após atender de forma desidiosa a criança de 5 meses, receitou medicamento sem atentar para o histórico de intervenções feitas pela mãe e comunicadas pela equipe de enfermagem no prontuário da vítima. Tal fato acabou resultando na morte do bebê em virtude de superdosagem de um antitérmico. Ao analisar a conduta do médico, a Autoridade Policial entendeu que não se tratava de uma negligência pontual, mas sim que o médico acabou, com seus atos, assumindo o risco de causar o resultado morte, sendo indiciado por homicídio doloso". Informou a polícia em nota.

O caso foi enviado ao fórum onde será analisado pelo Poder Judiciário e Ministério Público, no qual, após iniciado o processo,o médico terá oportunidade oferecer seu contraditório.

"A Polícia Civil reitera seu compromisso de apurar com profissionalismo e legalidade os fatos que lhes são apresentados, levando ao Poder Judiciário os autores de crimes para que sejam punidos nos moldes previstos pela legislação penal".

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