Mestre de bateria: o responsável por coordenar o ritmo do coração da escola de samba

Com o som inconfundível, a bateria de uma escola de samba é que faz o desfile acontecer.

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(Foto: Portal Éder Luiz)
(Foto: Portal Éder Luiz)

Com o som inconfundível, a bateria de uma escola de samba é que faz o desfile acontecer.  O batuque ritmado dos repiques, caixas, tamborins e outros instrumentos coordena o sambar da passista e levanta o público. À frente dela está o mestre de bateria, figura marcante que carrega consigo o apito, objeto que apesar do som forte dos instrumentos é nitidamente reconhecido. E foi para conhecer mais sobre essa importante função, que conversamos com Marcio André Xavier, mais conhecido como Max, que ocupa esse posto na bateria da Unidos do Herval. Max, já fazia parte do carnaval tocando na bateria de uma das escolas de samba de Joaçaba quando veio um convite para ser ritmista da Unidos do Herval e depois para ser mestre da bateria. A proposta  foi aceita com entusiamo e para isso, ele foi para o Rio de Janeiro, onde buscou aprender sobre a função que desempenharia. “Foi necessário fazer uma renovação na bateria. No começo não foi fácil, mas aos poucos foi acontecendo. Fui aprendendo a ser Mestre de Bateria e crescendo junto com todos os integrantes. Destaco a maturidade dos pequenos e o respeito que todos têm uns com os outros ”, contou Já são cinco anos atuando como mestre da Borel 40º, nome dado a bateria da agremiação hervalense. De lá para cá, foram muitos desafios, mas, também, de acordo com ele, muitas alegrias. De acordo com Max, ser mestre de bateria é totalmente diferente do que apenas ter experiência sabendo tocar os instrumentos “Você precisa saber como ensinar, tem que saber lidar com as pessoas de forma geral e principalmente despertar o gosto por aquilo que estão fazendo.  Ao mesmo tempo tem que estar sempre buscando aprender, evoluir". Além desses aspectos, que são determinantes para manter um bom grupo, a bateria é um dos quesitos que conta pontos no desfile.  A avaliação começa pela quantidade de integrantes. São necessárias no mínimo 60 pessoas. Max conta que neste ano sentiu dificuldade no recrutamento de integrantes. E por isso destaca a importância do desenvolvimento de projetos sociais voltados para a iniciação das crianças e jovens no samba, visando participar dos desfiles na bateria. "Esse ano não conseguimos fazer o projeto na escola. Mas, tenho orgulho porque em outros anos, com o que pude ensinar cinco meninos saíram do caminho das drogas. Participar da bateria é algo bom e temos que propagar isso. Alguns acham que o barulho incomoda, mas, temos que levar conta esses exemplos também". No ano passado a escola ficou com duas notas 9 na avaliação dos jurados. Por isso, os ensaios que estão acontecendo desde o final de dezembro buscam o aperfeiçoamento. "Descontaram pontos em dois instrumentos que não tão populares entre os integrantes da bateria e na visão dos jurados refletiram em um desempenho não tão bom. Por isso, estamos tentando corrigir. Nossa meta é ser nota 10". afirmou. E além ajudar a escola a conquistar o titulo, nos desejos do mestre está a vontade de continuar ali, no meio do batuque, ainda por muitos anos. "Estar na avenida é uma emoção sem igual. A hora que começa o esquenta sentimos uma energia incrível”, Finalizou Max.

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