Ministro diz que SC poderá ter verba federal em segurança armada nas escolas

Flávio Dino esteve em SC e anúncio faz parte de medidas para combater ataques.

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Foto: Paulo Batistella/NSC Total
Foto: Paulo Batistella/NSC Total

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, nesta quinta-feira (13), que Santa Catarina poderá levantar recursos junto ao governo federal para viabilizar a presença de agentes armados nas escolas — na segunda (10), o governador Jorginho Mello (PL) havia anunciado que colocará, em até 60 dias, um militar da reserva em cada unidade estadual de ensino.

Dino tratou do tema em visita a Florianópolis, a primeira a Santa Catarina de uma autoridade do alto escalão do governo Lula (PT) desde o ataque a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, para a entrega de viaturas às forças de segurança catarinenses.

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Nos últimos dois dias, a pasta de Dino havia anunciado a abertura de dois editais de R$ 250 milhões somados para que estados e municípios viabilizem projetos de segurança nas escolas e reforcem guardas municipais. O ministro afirmou que, por atendimento à Constituição, respeitará como cada gestor quiser gastar os recursos.

"No nosso edital, nós não estamos definindo um padrão, um modelo mandatório. Nós vamos receber propostas de acordo com a opção de cada gestor. Muito provavelmente haverá gestores que vão nos pedir armas letais, nós vamos entregar recursos para que esse gestor compre armas letais. Porque a responsabilidade é dele ou dela. Haverá gestores que vão optar apenas por armas não letais, então vamos entregar armas não letais, viaturas, e assim sucessivamente".

O ministro também lembrou que Santa Catarina tem cerca de R$ 80 milhões passíveis de serem executados através do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), abastecido por recursos federais, desde que o estado apresente projetos para que isso seja viabilizado.

Policiamento ostensivo e inteligência

Dino afirmou que, por ocasião do ataque a Blumenau, o governo federal atua para reforçar o policiamento ostensivo e os serviços de inteligência contra eventuais novos episódios.

Ele afirmou ter sugerido aos estados, o que inclui Santa Catarina, a criação de comitês locais de segurança, para descentralizar a promoção de políticas públicas, e ter ampliado de 10 para 120 o número de profissionais em um núcleo em Brasília de monitoramento de ameaças na internet.

"Venho aqui também para dizer que nós compartilhamos autenticamente do sentimento de dor e de perplexidade. Nós estamos enfrentando já há alguns anos uma ideia que seduziu uma pequena parte da nossa sociedade de exacerbação da violência. Isso emerge de vários modos, e agora tivemos esse paradigma de violência nos ataques contra as escolas ", afirmou, em coletiva de imprensa.

Fonte:

NCS Total

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