Mulheres descem do salto e aderem ao MMA

As mulheres já derrubaram muitas barreiras ao longo da história.

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As mulheres já derrubaram muitas barreiras ao longo da história. Do direito ao voto a inserção no mercado de trabalho e mundo corporativo, constantemente o público feminino prova que, ao contrário do que dizem os machistas, o sexo frágil é o masculino.

Exemplo disso é a procura por um esporte até então dominado pelos homens: o MMA (Artes Marciais Mistas, na sigla em inglês). Não são apenas as lutadoras profissionais que têm o privilégio de exibir um corpo torneado e feminino. As mulheres ‘comuns' que sonham em conquistar uma silhueta esbelta e de dar inveja já podem se inscrever no esporte e buscar os resultados. Com o interesse crescente em volta do MMA, e o destaque dado para o UFC (The Ultimate Fighting Championship) e atletas de destaque como Anderson Silva, Vitor Belfort e José Aldo, a procura por academias que ofereçam o MMA tem crescido significativamente nos últimos meses. De fora, as atividades parecem truculentas e, apesar de renderem uma canela roxa às vezes, a ideia não é se machucar nem mostrar que é mais forte que a adversária. Emagrecer, relaxar e conquistar mais saúde são os objetivos do esporte. Os treinos são adaptados para o público feminino que não deseja se profissionalizar. Em Joaçaba a Academia Vida e Saúde oferece a modalidade nas terças e quintas-feiras, e possui três horários, às 20h30min para as mulheres e às 21h15min e às 22h30min para os homens. De acordo com o treinador Anderson Bittencourt a procura é alta. “Percebemos o crescimento de interesse do público masculino, mas a alta no número de mulheres que procuram a modalidade nos últimos meses é perceptível", afirmou. Contudo, diferente do que se vê na televisão, é possível conquistar um corpo torneado sem derramar nenhuma gota de sangue, já que nas academias são explorados os treinos e não os combates. "Uma hora de luta pode queimar de 500 a mil calorias dependendo da modalidade e da intensidade da execução", informou o treinador de MMA, Anderson Bittencourt. "Além do alto gasto calórico, a prática ainda ajuda a definir braços, pernas, glúteos e principalmente o abdome, que sempre é uma grande preocupação das mulheres", explicou. Outro diferencial do esporte é que, ao contrário da musculação tradicional, as aulas são em grupo e muito dinâmicas. "As aulas de MMA contem exercícios específicos e funcionais para a luta, que auxiliam no reforço muscular necessário para o esporte", salienta o treinador. “No MMA o aluno aprende várias modalidades de luta. Para praticar o esporte o aluno deve procurar um profissional qualificado”, orienta. Apaixonadas por luta O esporte é uma opção excelente para quem quer dar uma boa secada e tonificar os músculos. Então, entre socos, chutes, pegadas e golpes de defesa pessoal também são ensinados e vale a pena encarar este superdesafio. “Escolhi o esporte pois queria aprender defesa pessoal e também emagrecer. Adoro o MMA e pratico duas vezes por semana e acabou virando um vício bom, aonde posso descontar todo stress do dia a dia e ainda me manter em forma”, destaca Ana Paula Tamanho, de 30 anos publicitária e Consultora de Comunicação Empresarial e que pratica MMA há quatro meses. A psicóloga, Andréia Hibner, que também frequente as aulas, há cerca de quatro meses, afirma as aulas ajudam a aliviar o stress do dia-dia. “Dentro do tatame, podemos descarregar todas nossas energias acumuladas, além de fazer novas amizades e criar laços grandes, faz bem para saúde corporal e principalmente para saúde mental”, salienta. Entenda O MMA combina diversos tipos de lutas e mobiliza o corpo todo, definindo a musculatura, e além disso, ajuda a jogar o estresse longe. A aula oferece estímulos diferentes para o corpo feminino e essa variedade é muito importante para conseguir resultados. Trabalhando condicionamento físico e muita força nas explosões de chutes, socos e joelhadas. Muitas moças fazem uso das artes marciais para manter o corpo em forma e descarregar o estresse, por isso a popularidade do MMA para mulheres não deveria ser surpresa para ninguém. Bittencourt avisa que o treinamento de MMA para mulheres é puxado e requer muita força e resistência da aluna. “Em uma aula de MMA voltada para o fitness procuramos trazer o mais próximo possível a movimentação real dos octógonos (locais onde as lutas são realizadas), o que nos proporciona um fortalecimento amplo dos membros superiores, inferiores e principalmente do Core (uma unidade integrada do corpo composta de 29 pares de músculos que suportam o complexo quadril-pélvico-lombar), além do desenvolvimento neural”, explicou o professor. Pesquisa As lutas de MMA se popularizam entre os brasileiros e o esporte ganha apreciadores de ambos os sexos pelo país. De acordo com os dados do Sponsorlink, pesquisa do IBOPE Repucom que traz informações sobre o comportamento de compra e patrocínio esportivo, 43% dos superfãs de MMA são mulheres. O estudo considera como superfãs, as pessoas que afirmar ter muito interesse em um determinado esporte. No caso do futebol, por exemplo, as mulheres representam 33% dos superfãs dessa modalidade esportiva. Em relação ao MMA, as mulheres também se destacam entre os superfãs que preferem ver as transmissões das lutas fora de casa: elas são 52%, enquanto os homens são 48%. MMA: a modalidade (abreviação da sigla em inglês para artes marciais mistas) da moda já foi chamada de vale-tudo e é uma mistura de técnicas e golpes de diversas lutas (boxe, muay thai, caratê e judô, entre outras). O combate acontece dentro do octógono, que nada mais é do que um ringue com oito lados. Em uma aula, você treina o corpo todo, mas não pode ter medo de cair no chão.

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