Nossos personagens! O hervalense que transforma pneus em obras de arte

Lauvir Benjamin começou a fazer arte quando ficou desempregado e o local onde expõe as obras virou ponto turístico.

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Fotos: Arquivo Pessoal
Fotos: Arquivo Pessoal

Quando uma porta de emprego se fecha o desespero vem, mas muitas vezes através da necessidade surgem oportunidades diferentes e que nos fazem alçar voos mais altos. Foi assim na vida do hervalense Lauvir Benjamin. Era véspera de Natal de 2019, quando Lauvir, que trabalhava como agente sócio educativo no CASEP de Joaçaba se viu vivendo uma situação muito difícil: o desemprego.

“Quando perdi meu emprego pensei: e agora? Fiquei desesperado, o baque foi muito grande, ainda mais por ser véspera de Natal”, conta.

Na necessidade e com o incentivo da esposa e filha, Lauvir precisava fazer alguma coisa, foi quando iniciou os trabalhos com artesanato. “Minha esposa foi minha maior incentivadora, ela sabia que eu tinha algum dom para a coisa, mas nem imaginávamos que através dos vasos feitos com pneus nossa vida seria transformada”.

Lauvir passou então a empreender, através do seu dom, descoberto após o desemprego, passou a criar peças exclusivas confeccionadas com pneus de carro, moto e bicicleta. Logo ficou conhecido na cidade e na região.

Fotos: Arquivo Pessoal
Fotos: Arquivo Pessoal

“Comecei com vasos pequenos e fui me aperfeiçoando. Nunca fiz nenhum curso, com o choque que tomei precisei dar o primeiro passo. O primeiro trabalho que eu fiz foi um cisne, daí estava em alta na época o mosquito da dengue e como ele se aloja nos pneus tive a ideia de fazer um mosquito e expor, e foi através dele que nosso trabalho ganhou visibilidade”.

Lauvir conta que muitas pessoas queriam comprar o mosquito, mas ele não quis vender e permanece até hoje exposto no ponto de vendas. O negócio foi crescendo e Lauvir foi tendo novas ideias, desde bancos, mesas, bob esponja, bois, dinossauro e agora um trator. O trabalho é todo artesanal e demanda muita dedicação.

Fotos: Arquivo Pessoal
Fotos: Arquivo Pessoal

“Para fazer um dinossauro vai em média 40 pneus de carro, 35 de moto e 50 de bicicleta, além de três caixas de parafuso, quatro barras de ferro, solda e de 15 a 20 dias para fazer. É um longo trabalho, de muita atenção e dedicação, mas eu amo fazer o meu trabalho. Hoje nos dedicamos a isso, tanto eu, como minha esposa e filha que me ajudam na montagem, higienização e vendas”.

Fotos: Arquivo Pessoal
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Clientes de toda a região passaram a conhecer o trabalho da família. Mas os que mais surpreenderam Lauvir foi uma encomenda de dinossauro para Minas Gerais na cidade de Uberaba, em um parque arqueológico e também alguns dinossauros que foram levados para os parques em Foz de Iguaçu.

“Minha inspiração é minha filha e minha esposa, elas que me dão muito apoio se não fossem por elas creio que não teria feito nem metade do que eu fiz e também os clientes que passam onde as peças estão expostas e elogiam nosso trabalho. É muito gratificante”.

Atualmente Lauvir expõe seu trabalho na cabeceira da ponte entre Joaçaba e Luzerna. O ponto se tornou um lugar para turistas no fim de semana, que trazem seus filhos de cidades vizinhas para bater fotos com as obras de arte.

“A satisfação é muito grande, às vezes vem carros de fora para trazer as crianças para bater foto. Fico muito feliz em ver meu trabalho ser reconhecido desta forma. É uma alegria, as crianças vêm sobem, se divertem, batem fotos, sou muito grato por esse reconhecimento”.

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

Hoje a maior dificuldade de Lauvir é um ponto fixo para realizar seu trabalho, expor e vender. “Faço os artesanatos no porão da minha casa, mas eles são expostos na cabeceira da ponte de Luzerna, então toda vez que quero expor preciso levar as peças até o local e isso demanda de umas dez viagens entre ida e volta, pois não posso deixar eles lá, preciso levar e depois guardar, por isso buscamos um local que facilite nosso trabalho”.

Fotos: Arquivo Pessoal
Fotos: Arquivo Pessoal

Por não ter um local fixo a maior parte das vendas são feitas através da divulgação na internet por meio das redes sociais. Além disso, todos os sábados a família está na cabeceira da ponte expondo seu trabalho, exceto em dias de chuva.

Um ano e meio depois que iniciou os trabalhos com artesanato, Lauvir se dedica em criar novas peças e se sente imensamente satisfeito com a direção que sua vida tomou, após o desemprego bater a porta.

“Eu hoje não me imagino fazendo outra coisa. São quase dois anos realizando esse trabalho e eu amo o que eu faço. Nem imaginava que nossa vida iria tomar esse rumo e hoje me sinto realizado”, finaliza.

Para conhecer mais o trabalho de Lauvir acesse:

Facebook e YouTube.

WhatsApp: (49) 9201-2800

Fotos: Arquivo Pessoal
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Fonte:

Eliete Squerzzato Bechi - Portal Éder Luiz

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