Nova variante de Covid-19 descoberta no MT pode chegar em Santa Catarina

Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, a subvariante tem alta circulação viral.

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Nova variante de Covid-19 descoberta no MT pode chegar em Santa Catarina

Uma nova variante de Covid-19 foi descoberta no Mato Grosso, e segundo a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), poderá chegar em breve ao Estado. De acordo com a pasta, isso ocorre porque todo o país já se encontra em circulação da nova variante.

A nova variante foi identificada pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) da Secretaria de Estado da Saúde de Mato Grosso, denominada JN 2.5, sendo esta a primeira vez que a cepa é registrada no Brasil. Segundo a Secretaria, esta é uma variação da ômicron.

Para a pesquisa que identificou a nova variante, realizada entre os dias 16 e 18 de janeiro, foram selecionadas e sequenciadas 15 amostras positivas para a Covid nos municípios de Cuiabá (8) e Várzea Grande (7).

Quatro mulheres tiveram o exame positivo para a subvariante, das quais três foram hospitalizadas, receberam alta médica e seguiram para isolamento domiciliar. A quarta paciente, que tinha DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), faleceu, sendo a morte ainda investigada pela vigilância epidemiológica local.

Alerta em Santa Catarina

A Dive/SC alerta sobre a possibilidade de a subvariante JN 2.5 chegar a Santa Catarina, considerando a circulação nacional. Até o momento, não há registros da cepa no estado.

Em nota, a SES (Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina) reforçou a importância da vacinação como medida preventiva para evitar casos graves, hospitalizações e mortes. Seguindo a nova estratégia recomendada pelo Ministério da Saúde, a SES destaca:

  • Vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos dentro do Calendário Nacional de Vacinação.
  • Vacinação da população dos grupos prioritários com uma dose anual ou a cada 6 meses.

Como a cepa de um vírus evolui?

Segundo o Ministério da Saúde, a evolução de uma cepa de vírus ocorre principalmente por meio de mutações genéticas. As mutações são alterações no material genético do vírus, que podem surgir de maneira espontânea durante a replicação do vírus.

Essas mudanças genéticas podem levar a características diferentes na cepa, como variações na capacidade de infecção, transmissibilidade, resistência a tratamentos médicos ou resposta imunológica.

Existem vários fatores que contribuem para a evolução das cepas virais:

  • Taxa de Replicação: Vírus geralmente têm uma alta taxa de replicação, o que aumenta as chances de ocorrerem mutações. Quanto mais rápido um vírus se replica, maior a probabilidade de ocorrerem erros na cópia do material genético.
  • Seleção Natural: As mutações que conferem vantagens ao vírus, como uma maior capacidade de se espalhar entre os hospedeiros ou resistência a certos tratamentos, podem aumentar a chance de sobrevivência e replicação do vírus. Essas mutações são mais propensas a serem preservadas ao longo do tempo devido à seleção natural.
  • Pressão Seletiva: Fatores ambientais, como a resposta imunológica do hospedeiro ou a pressão exercida por medicamentos antivirais, podem criar uma pressão seletiva sobre as cepas virais. Isso favorece a sobrevivência de variantes que conseguem evadir ou resistir a essas pressões.
  • Recombinação Genética: Em alguns vírus, ocorre a recombinação genética, na qual material genético de cepas diferentes é trocado durante a replicação. Isso pode gerar novas combinações genéticas, resultando em cepas com características distintas.

A evolução viral é um processo dinâmico e contínuo. A maioria das mutações não tem impacto significativo, mas algumas podem conferir vantagens seletivas importantes para a sobrevivência do vírus.

Fonte:

ND+

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