PF encontra aves amontoadas em gaiolas em operação contra tráfico de animais silvestres e exóticos em SC

Segundo investigação, pássaros, cobras e aranhas eram vendidos e colocados em caixas de papelão para envio para outros estados.

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Aves presas em gaiolas amontoadas são encontradas em operação policial em Lages —
Aves presas em gaiolas amontoadas são encontradas em operação policial em Lages — - Imagens: Foto: Reprodução/Polícia Federal

Uma operação encontrou aves e uma jiboia presos em gaiolas em Lages, na Serra catarinense. A investigação é contra o tráfico de animais silvestres e exóticos a partir de Santa Catarina. O inquérito policial continua e busca identificar os criminosos.

A operação, feita em conjunto pelas Polícias Federal e Militar Ambiental, foi feita na manhã de sexta-feira (25). Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em Criciúma, no Sul catarinense.

Vídeos feitos pelos policiais mostram aves presas em gaiolas pequenas, amontoadas umas em cima das outras em um cômodo. Também foi encontrada uma jiboia em um recipiente de vidro.

O inquérito policial começou neste ano a partir de uma denúncia. Os investigadores monitoraram as redes sociais e identificaram a possível existência de uma associação criminosa para a venda de animais como cobras, aranhas e pássaros através da internet.

Conforme a investigação, alguns dos animais vendidos são de espécies exóticas cuja introdução no Brasil é proibida. Além disso, também estão em risco de extinção nos habitats de origem.

Outra descoberta do inquérito é que os animais eram mandados aos compradores em caixas de papelão, em condições degradantes, segundo a PF. O envio era feito para outros estados.

Também é investigada a possível participação de um veterinário, que poderá ser indiciado como coautor dos crimes.

O inquérito continua. Quando identificados, os criminosos, além de precisar pagar multas para órgãos ambientais, poderão ser indiciados por maus-tratos a animais, receptação qualificada e associação criminosa. Juntas, as penas podem chegar a 12 anos de prisão, de acordo com a PF.

Fonte: G1 SC


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