Ponte Serrada - Jurí do caso Alexandre será neste mês

Ponte Serrada - Jurí do caso Alexandre será neste mês

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Está marcado o julgamento de dois acusados de envolvimento no crime bárbaro que tirou a vida de Alexandre Humenhuk, de 27 anos, no início de março de 2010 em Ponte Serrada. Há pouco mais de um ano, depois de ser violentamente espancado, o rapaz foi assassinado em uma localidade do interior do município. Rafael Ferraz dos Santos, de 24 anos, é tido como o principal responsável. Ele e Gerald Ribeiro, de 19, serão julgados a partir das 8:00hs da manhã do próximo dia 19, na Associação Atlética Aimoré.

Junto com os dois, que estão detidos no Presídio Regional de Xanxerê desde o dia 9 de junho do ano passado, Valdecir Pinto Ribeiro, de 25 anos, popular Pintinho, também é acusado de participar do crime. Ele só não será submetido a julgamento agora porque entrou com recurso contra a acusação, mas ainda permanece detido. Além dos três, outros dois, que eram menores na época, teriam se envolvido no assassinato. O CRIME Alexandre desapareceu na noite de 8 de março de 2010. Segundo as investigações, o crime foi praticado entre o final deste dia e início da madrugada do dia 9. A vítima teria ido até a casa de Rafael, na Cohab V, quando começou a ser agredida por ele e os dois menores, através de socos e pontapés. Com a chegada de Gerald, um dos menores teria ido para casa, mas Alexandre continuou sendo espancado. Horas depois, Rafael entrou em contato com Valdecir e pediu que ele viesse até a casa com um automóvel VW/Logus. Ainda de acordo com as investigações e denúncia do Ministério Público, Valdecir chegou com o carro logo em seguida. Posteriormente, Rafael teria obrigado a vítima a entrar no veículo. Ele, Gerald, Valdecir e o menor levaram Alexandre até uma propriedade rural, que fica na Fazenda Santa Terezinha, interior de Ponte Serrada. Já no local, o grupo conduziu a vítima para um banhado. Segundo confirmação do exame cadavérico, Alexandre foi morto por asfixia, afogado na lama. Eles ainda ocultaram o corpo submergindo-o na água, em meio a uma densa vegetação. Lá, Alexandre ficou por três meses, até a polícia desvendar o mistério. O crime teria sido motivado pelo furto de um aparelho de DVD, que pertencia a Rafael. INVESTIGAÇÃO Um trabalho intenso de investigação foi desempenhado pela Polícia Civil de Ponte Serrada até desvendar o caso. Na época, considerado um dos maiores traficantes de droga no município, Rafael estava sendo vigiado pelas autoridades já há algum tempo antes de ser detido. Fechando o cerco cada vez mais, a polícia conseguiu prendê-lo em flagrante na tarde do dia 9 de junho. A captura dos demais envolvidos aconteceu naturalmente após a prisão. DOR DA FAMÍLIA Os noventa dias entre o sumiço de Alexandre e o momento em que o corpo foi encontrado geraram intensa angústia à família, principalmente para a mãe do rapaz, Delci Humenhuk (Nina). Reconhecendo que o filho tinha envolvimento com drogas, em uma ocasião ela disse: “Eu quero meu filho, não importa como”. Poucos dias depois de o corpo ter sido localizado, um dos irmãos de Alexandre quase ampliou a dimensão da dor da família. O rapaz tentou tirar a própria vida ao amarrar uma corda no pescoço. Por sorte, não conseguiu. Vizinhos teriam ajudado a evitar a tragédia. Além de serem acusados de assassinato, os réus deverão responder ainda por outros crimes. Entre eles, ocultação de cadáver e coação de menores. A expectativa é de que o julgamento seja acompanhado por dezenas de pessoas.

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