Sindicato dos servidores da Prefeitura de Herval d’ Oeste estiveram reunidos com vereadores
Sindicato dos servidores da Prefeitura de Herval d’ Oeste estiveram reunidos com vereadores
Na tarde da última segunda-feira (28), antecedendo a sessão ordinária da Câmara de Vereadores, ocorreu uma reunião solicitada pelo Sindicato dos Servidores Públicos do município com os vereadores para debater o projeto de Lei de autoria do Executivo Municipal que concede a título de reposição salarial um reajuste de 15,29%.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Herval d’ Oeste (Sintespho), Margarete de Deus e Silva Fiorese, em 2015 enquanto a reposição salarial foi de 11,27%, o executivo municipal concedeu aos servidores um reajuste de apenas 5,02% pago em três parcelas (janeiro, maio e outubro), perfazendo uma perda salarial de 6,27%. “Para chegarmos a este índice de 15,29% somamos a perda salarial de 6,27% relativa a 2015 e repassada em 2016 e também a previsão do índice inflacionário de 2016 que deverá chegar a 7%. Indagada pelos vereadores se a Prefeitura terá condições de arcar com este reajuste, já que gerará uma despesa de cerca de R$ 350 mil mensais, a presidente do sindicato disse que até o final do mandato o limite gasto coma folha de pagamento será de 51% e que deverá ocorrer um incremento na receita do município, incluindo a contratação de mais funcionários pela BRF. Sobre o fato da Prefeitura ter como arcar com este aumento ela foi taxativa ao dizer que quem tem que ter esta preocupação é o Executivo e a Assessoria Jurídica que devem ter feito o levantamento e devem estar cientes do que isso representa aos cofres público. “Este projeto é justo, pois as perdas dos servidores vêm aumentado a cada ano e se houver problemas será o atual prefeito a responder administrativa e judicialmente. Temos uma ação coletiva na justiça referente a perdas salariais de 2009 a 2014 e não queremos ter que recorrer novamente a justiça. ” Os vereadores contestaram tais informações. O presidente da Casa Adelar Provenci- Kiko- (PR), disse que o Executivo não encaminhou aos vereadores junto com o projeto, o impacto financeiro que o reajuste trará, nem comprovação do aumento da receita. “Esta Casa vai oficiar o prefeito sobre o real impacto sobre a folha causado por este índice e o nosso assessor jurídico vai acompanhar este processo para que não sejam enviadas ao Legislativo informações que não condizem coma realidade”. O vereador Tomaz Alberto Conrado- Tomate- (PMDB) disse que com este reajuste a folha de pagamento ultrapassará R$ 2,6 milhões o que vai inviabilizar o município financeiramente e que os servidores também serão responsáveis se insistirem neste índice. O vereador Gilmar Dri (PSD), disse que o retorno de impostos da BRF para o município levará muito tempo e que a administração não poderá contar de imediato com valores imediatos de impostos da empresa. Sérgio Moacir do Nascimento- Serginho (PP), disse que a preocupação dele é que não poderá ser dado reajuste diferenciado por força de lei e que com este índice pretendido haverá casos de servidores que receberão R$ 2 mil de reajuste, enquanto outros nem R$ 200,00. Leo Mascarello (PSD), disse que tanto ele como os demais vereadores que não foram reeleitos ou não concorreram a eleição, terminam seu mandato no final de dezembro, mas nem por isso vão deixar de agir com responsabilidade. “Este índice tem que ser revisto, os servidores precisam analisar a situação também com responsabilidade, pois quem garante que com este reajuste o município vai poder honrar com o pagamento da folha? Indagou. O vereador Davi José Frozza (PMDB), disse que defende o funcionalismo, mas que não entende porque o sindicato aceitou os 5,02% relativo a 2015 e hoje pede este índice superior a 15% de defasagem e porque não veio com o projeto o impacto econômico que este reajuste causará. O vereador Everton Parisenti (PMDB) disse que este índice proposto vai aumentar a folha de pagamento em R$ 350 mil e que a arrecadação prevista é insuficiente para arcar com este valor. “Sou a favor da reposição, mas este índice é inviável. O município está financeiramente quebrado e o que percebemos é que o prefeito quer deixa-lo ainda pior para o seu sucessor”. Patrick Giusti (PR), também disse que neste momento a situação financeira do município não comporta este reajuste e que existe a necessidade de um novo estudo sobre a matéria. Osni de Ávila (PR), falou que este projeto de reajuste do Executivo tem por objetivo inviabilizar a próxima administração. “O prefeito poderia ter concedido o reajuste real aos servidores todos os anos e hoje isso não estaria acontecendo, agora que vai deixar a Prefeitura quer legar para o seu sucessor a Prefeitura ainda mais comprometida financeiramente”. Vanderlei Antunes da Silva (PR), disse que o funcionalismo nunca foi tratado com respeito pelo atual prefeito e que agora ao deixar a Prefeitura quer inviabilizar a próxima administração e também solicitou o impacto financeiro deste reajuste sobre a folha. O vereador Juarez de Souza (PMDB), lembrou que na reforma administrativa realizada em 2011 os vereadores mostraram preocupação com o alto índice da época, mais de 40%, e pediram o impacto financeiro e as informações que chegaram a Casa é que a Prefeitura tinha como arcar com o aumento. “Mas com o passar dos anos ficou comprovado que as informações não condiziam com a realidade e o gasto com a folha de pagamento chegou a atingir 62%. “Nossa preocupação é que isso volte a ocorrer, respeitamos o direito dos servidores, mas temos que pensar em prioridades para a população, no município como um todo”.