Uma breve carta de apresentação

A convite do Portal Eder Luiz o jornalista Adriano França, escreverá quinzenalmente crônicas e reflexões sobre o cotidiano.

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Uma breve carta  de apresentação
Imagens: Foto reprodução web

Olá! Me chamo Adriano, sou jornalista, escritor e pesquisador. A convite do Portal Eder Luiz escreverei quinzenalmente crônicas e reflexões do cotidiano.

Escrever é minha paixão! Talvez por isso o curso de jornalismo, talvez por isso, o amor pelas palavras, pelos livros, pela pesquisa. É com muita gratidão que escrevo aqui, essa primeira crônica: Uma singela e breve carta de apresentação.

É madrugada, o tic-tac do relógio me lembra que o dia já passou, apenas o som do teclado rompe o silêncio. Pela janela vejo o breu da noite. Aqui nesta sala me faz companhia o bichano, desperto, assim como eu, buscando encontrar no vazio da madrugada algum sentido para a insônia que veio nos visitar.

Quero escrever sobre o amor, sobre sentimentos nobres, impressionar os caros leitores, para que degustem essas palavras como uma deliciosa xícara de café, fumegante, quente e suavemente amargo, que seguro por entre meus dedos. Como um bálsamo que aquece o corpo e cura as feridas da alma, eis o que desejo e espero, dessas palavras e do café.

Mas não posso ser condescendente, a verdade é que nem sempre podemos ser ou dar o que desejamos, portanto, eis o que posso garantir; palavras que expressem opiniões e sentimentos viscerais, um misto de otimismo, pois ainda tenho fé nas pessoas, sem deixar de lado uma pitada de sarcasmo, picardia e humor.

Neste emaranhado de sentimentos e de reflexões espero encontrar, no decorrer do tempo, companhia que comungue comigo ou que discorde, mas acima de tudo, pessoas que não sejam apáticas as nuances da vida e ao desejo de sair da mesmice e da enfadonha e monótona rotina que muitas vezes devoram nossos dias e sufocam nosso espírito criativo e criador.

Meu objetivo não é confortar nem acalentar corações atormentados, mas instigar e provocar mentes inquietas, rasgar o tecido da vida que cobre nossa existência e que esconde nossos mais profundos tormentos. Eis minha função: ascender a centelha divina que separa o homem da besta.

Me armo de palavras para expressar e desvendar o que existe de melhor e pior no íntimo do ser humano, seus sonhos, seus medos, suas aspirações. Viver é comunicar ao outro. Parafraseando, Vilém Flusser, filósofo que tem me acompanhado nas últimas madrugadas: "A comunicação humana é a maneira pela qual damos conta de encobrir o nosso próprio ser-para-a-morte. A solidão existencial e a consciência da finitude é o que nos leva a comunicar".

Releio o que escrevi, o tic-tac do relógio me traz de volta para minha realidade, o gato que outrora brincava serelepe por sobre a mesa, adormeceu tranquilo no sofá, titubeio entre uma palavra e outra. Sorvo um generoso gole de café, está frio, e desce inconvenientemente por minha garganta, penso com meus botões: é o que podemos oferecer por hoje, amanhã será um dia melhor. 

Esse e outros textos podem ser acessados no meu blog: Emaranhar-se de Poesia.

Fonte:

Adriano França

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