Em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, 09, o Secretário de Estado de Educação, Natalino Uggioni, juntamente com o secretário da saúde André Motta, apresentou o plano de retomada da Educação no estado.

De acordo com o secretário, as aulas estão programadas para retornar as atividades presenciais nas escolas a partir do dia 13 de outubro, mas isto ainda depende do monitoramento das gestões das informações feitas pela saúde. A confirmação da data será feita apenas no final de setembro.

"A retomada no âmbito estadual está planejada para começarmos pelos estudantes do 3º ano, pois são os que deixam a escola neste ano e estão se preparando para prestar vestibular ou Enem. Vamos convidar para virem as escolas apenas os alunos que estão com dificuldades de aprendizagem de forma remota, não será aula como normalmente acontecia antes da pandemia, teremos atividades pedagógicas com professores por áreas de conhecimento, e esses atenderão os alunos para tirarem as dúvidas e fortalecerem o conteúdo, como se fosse um reforço", diz.

Ainda segundo o secretário, nenhum aluno será obrigado a retornar. Além disso, a avaliação dos estudantes será feita através de conselho de classe que acontece nesse mês de setembro, depois disso, será possível averiguar quais são os alunos com mais dificuldade.

"Em tese, o planejamento começa na primeira semana pelo terceirão e a cada semana vamos chamando outro ano até chegar ao sétimo. No âmbito estadual, do sexto ano para baixo não voltam, e do sétimo em diante voltam apenas os que tiverem dificuldade de aprendizagem".

As aulas remotas continuarão a ser oferecidas a todos os estudantes, mesmo aqueles que retornarem às atividades presenciais. No ano de 2021 haverá reforço de todo o conteúdo que foi repassado de forma remota neste ano, contudo, os alunos precisam mostrar que assimilaram o conteúdo, caso contrário podem reprovar.

Outra ponto que foi amplamente discutido durante o planejamento do retorno das aulas, se refere a Educação Infantil. De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, André Motta, é um público que traz grande preocupação, porque apesar de não apresentarem sintomas graves, são grandes transmissores do coronavírus.

"O nosso desafio é o cuidado no ambiente da escola para essas crianças seguirem todas as normas. Elas poderiam voltar apenas em situação de extrema segurança e olhando para o cenário de hoje, não tem como eles retornarem", afirma André.

O plano de contingência para a educação foi apresentado para todo o estado, as diretrizes serão base para que as escolas construam seus protocolos, primando pela segurança de todos os envolvidos, assim pode haver algumas mudanças para escolas municipais e privadas, contudo, devem seguir os regramentos indicados pela saúde.

"Quanto as escolas municipais e privadas elas podem retornar seus anos finais de acordo com o que for definido em cada região, por exemplo tem escolas que não tem o Ensino Médio, então se assim for definido pela região, elas podem retomar a partir do nono ano, isso depende de como cada umas das 16 regiões vão definir seu retorno embasado no plano apresentado pelo Estado. Mas, independente disso, nesse momento, ensino infantil não retorna em nenhum âmbito, pois não há segurança para eles", finaliza Natalino.