Zagueiro Neto, sobrevivente da tragédia com o avião da Chapecoense, anuncia a aposentadoria

Jogador tinha voltado a treinar após dois anos de recuperação, mas, em conjunto com médicos do clube, decidiu encerrar a carreira.

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Zagueiro Neto, sobrevivente da tragédia com o avião da Chapecoense, anuncia a aposentadoria

Chegou ao fim a carreira do zagueiro Neto. Nesta sexta-feira, o sobrevivente da tragédia com o avião da Chapecoense em 2016, na Colômbia, anunciou a aposentadoria. Aos 34 anos, ele tentava retornar ao futebol após voltar a treinar com bola, em março deste ano, depois de dois anos em recuperação.

Em entrevista ao Globo Esporte, Neto falou sobre a decisão, que foi em conjunto com os médicos da Chapecoense, e apontou as constantes dores como fundamentais para a aposentadoria.

– Paro. Já estava alinhado com os médicos e com o clube. Queria fazer uma despedida, um jogo, mas optei por não. Fui convidado a entrar no último minuto contra o CSA (pelo Brasileiro), mas não optei por não fazer. Claro que tenho um carinho pelo torcedor e seria um presente ao torcedor, mas a vida é um presente. Tinha intenção muito grande de estar em campo por um minuto ou 10, que sejam.

– Meu corpo não aguentava mais. As dores eram maiores que o prazer. Conversei com os médicos e logo vai ter um comunicado oficial do clube. Aparentemente, no dia-a-dia não tinha dores, mas nos treinos em alto nível o corpo não aguentava as dores no joelho e na coluna, que foram o que mais me entristeceram no final e me tiraram do campo – completou.

O clube trabalha na possibilidade manter Neto como membro da diretoria, atuando diretamente no futebol. O ex-atleta, manifestou recentemente o desejo de permanecer morando em Chapecó, algo que estava programado antes mesmo da tragédia.

Estou enraizado aqui, antes da tragédia pensava em morar aqui. Lembrava da conversa com Maurinho (Stumpf, dirigente morto na tragédia) e minha renovação passava por isso. Se renovasse ia comprar apartamento para morar aqui. Para mim é uma satisfação estar aqui, viver o que tenho vivido. Aqui a gente recebe o carinho do torcedor e entendem que a gente ama o clube e a cidade - disse no evento que marcou os três anos do acidente.

Fonte:

Globo Esporte

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