Assassino condenado a 12,4 anos

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Em pouco mais de 12 horas de julgamento ficou decidido pelo juiz Geraldo Bastos que o réu Gustavo Henrique Waltrick (20), vai permanecer preso por 12 anos e quatro meses, por ter assassinado em 8 de abril deste ano, com golpes de faca, a sua mãe Beatriz Terezinha de Liz Anzolin (46), e sua filha, Ana Júlia Anzolin (11).

Parte desta pena terá de ser cumprida no hospital Casa de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em Florianópolis. A sentença, num primeiro momento, deverá ser cumprida no hospital Casa de Custódia, em Florianópolis, onde Waltrick já está internado há mais de seis meses. “Ele deve realizar tratamento psiquiátrico na Casa de Custódia até se curar, ou pelo prazo máximo da pena, que é de 12 anos e quatro meses”, explicou o juiz Geraldo Correa Bastos, ressaltando que se neste período os médicos entenderem que Waltrick se curou, ele deverá ser transferido para um presídio comum. “Os médicos é que vão decidir o período que ele permanecerá internado no hospital”, frisou o juiz. O magistrado aplicou o máximo de reduções de pena previstas em lei, uma vez que pelo assassinato de sua mãe, Waltrick foi condenado inicialmente a 15 anos de reclusão, e pela morte da irmã, com a agravante de que ela era menor de 14 anos, a mais 20 de reclusão, além de outros dois anos e quatro meses por porte ilegal de arma de fogo. O juiz disse que aplicou a maior redução, que é de dois terços do total, em virtude do fato de que os jurados concordaram com a tese da defesa de que o acusado é semi-inimputável, ou seja, possui problemas mentais que afetam parcialmente seu juízo. Os jurados consideraram que Waltrick é semi-inimputável (pessoa que é parcialmente isenta de pena em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado que, ao tempo da ação ou omissão, não era capaz de entender o caráter ilícito do fato por ele praticado). A decisão não agradou ao promotor público que atuou na acusação, Marcelo Brito Araújo, que a princípio, pretende recorrer da decisão. Ele entende que a redução da pena em dois terços decidida pelo juiz foi muito elevada. “Vamos analisar com muita calma o inteiro teor da sentença para não cometer qualquer injustiça, mas a princípio devemos recorrer, por entender que a pena ficou muito abaixo do esperado”, disse ele. Já o advogado de defesa, Alcione Álvaro Duarte, disse que não pretende recorrer da decisão obtida no julgamento. “Desde o início lutávamos para que fosse feita a justiça neste caso e ela veio, de maneira que não pretendemos recorrer desta sentença”, comentou o advogado logo após a leitura feita pelo juiz, lembrando que a melhor solução para seu cliente é realizar tratamento médico. Relembre como foram os assassinatos As mortes de Beatriz Terezinha de Liz Anzolin (46), com 18 facadas e de sua filha, Ana Júlia Anzolin (11), com 25 facadas, ocorreu no início da noite do dia 8 de abril último, uma sexta-feira. O autor confesso do duplo assassinato, Gustavo Henrique Waltrick (20), filho e irmão das vítimas, num primeiro momento tentou esconder seu crime, mas depois caiu em contradição e acabou admitindo. Consta nos autos do processo que Gustavo executou a mãe e a irmã no apartamento em que a família morava, localizado no edifício Flamboyant, na rua Benjamin Constant, no centro de Lages. Ele contou à polícia que tinha fumado maconha pouco antes de uma calorosa discussão com a mãe. Os ânimos se alteraram, ele teria pego uma faca e desferido 18 golpes contra Beatriz. Depois teria pego a irmã e teria dado mais 25 facadas. Só os três estavam em casa. Depois, Gustavo teria pego o Fiat Uno e saído em direção à BR-116, quando decidiu forjar um sequestro relâmpago e um acidente de trânsito. Ele jogou o carro contra um barranco e foi à guarita da empresa Klabin pedir ajuda ao vigia, alegando que tinha sido sequestrado. Os policiais desconfiaram da história com tantas contradições e prenderam Gustavo como suspeito da morte da mãe e da irmã. O acusado tinha em seu poder, quando foi preso, um revólver calibre 32, com 36 cartuchos intactos. Ele chegou a ficar numa cela separada, no Presídio Regional de Lages, mas acabou hospitalizado para exames e tratamento psiquiátrico, em Florianópolis.

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