Masi Tupungato: ótimo custo-benefício

Vinho argentino elaborado com Malbec e Corvina passificada, traz para o Cone Sul a tradição já consagrada pelo Amarone na Itália.

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Masi Tupungato: ótimo custo-benefício

Rodrigo Leitão

Eu conheci esse vinho no Tour Mistral 2009. Um jovem sommelier, à época, era o Rafael Sá, me chamou e disse: "Você precisa experimentar isso aqui". Fiquei impressionado com o Masi Passo Doble Malbec/Corvina 2006 (foto). Um vinho italiano feito na Argentina. O Masi Tupungato é uma marca respeitável e que põe no mercado vinhos de excelente custo-benefício. Esse Malbec/Corvina 2006 custava, naquela ocasião, R$ 40. Hoje está na casa de R$ 80,00. Na minha opinião, foi o vinho de melhor custo-benefício apresentado naquela feira.

Dois anos depois, eu provei novamente o Masi Passo Doble Malbec/Corvina, mas desta vez a safra 2007. É arredondado com 5% de Merlot. De Corvina passificada leva 30% e de Malbec, 65%. Custa hoje R$ 77, na Vivino. Tem 13,5% de álcool e acompanhou com maestria um talharim à bolonhesa. Esse é um vinho que pode ser guardado até 10 anos. Isso quer dizer que a melhor safra deste vinho para se degustar, agora em 2020, são as de 2010 a 2013. Pois estão atingindo sua melhor curva evolutiva. Praticamente no auge! Portanto, você deve escolher uma das três e chamar e os amigos para um belo happy hour. Custam na média de R$ 80,00 e você consegue na internet.

As uvas desse vinho são colhidas de vinhedos com mais de 30 anos e o seu processo de vinificação começa com a tradicional primeira fermentação de Malbec e Merlot, com temperatura controlada. A Corvina é passificada parcialmente e entra na mistura para a segunda fermentação. Passificar uma uva é secá-la, extraindo a água do fruto e deixando-o com maior concentração de açúcar. Essa técnica é muito utilizada na região do Vêneto, na Itália, e da Corvina se faz o saboroso Amarone, que é mais doce. O resultado alcançado nesse processo é de um vinho rico, corpulento, elegante, capaz de permanecer no paladar por um tempo bem superior aos demais vinhos argentinos que conhecemos.

O Masi Passo Doble Malbec/Corvina 2006, que ainda é possível de ser encontrado em sites de venda de vinhos argentinos, apresenta taninos macios e boa acidez, além de frescor. Mas isso se dá porque o produtor, Masi, é considerado o “Rei do Amarone” e o grande mestre da passificação de uvas. E ele conseguiu implantar a característica do vinho italiano na mais emblemática uva argentina, a Malbec. Se puder, não deixe de experimentar esse vinho.

Aliás, para mim, vinhos acima de R$ 80 dificilmente vão desapontar. Esse, ainda mais barato, serve para quebrar o patamar de comparação do meu amigo, médico ortopedista e confrade, César Macedo. Ele diz que acima de R$ 150 não tem problema nenhum. E para outro amigo, o jornalista André Giusti, que não é muito chegado aos vinhos argentinos e cuja tradição italiana fala mais alto, o Masi Tupungato Passo Doble Malbec/Corvina é uma excelente alternativa de preço aos bons tintos da Itália vendidos a um custo proibitivo por aqui.

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